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8 | I Série - Número: 071 | 24 de Junho de 2010

(1997), A Caverna (2001), O Homem Duplicado (2002), Ensaio Sobre a Lucidez (2004), As Intermitências da Morte (2005), A Viagem do Elefante (2008), e Caim (2009).
Da obra literária de José Saramago constam ainda livros de contos, literatura de viagens, peças de teatro e vários volumes de diários e memórias.
Ao longo da sua carreira, José Saramago recebeu 18 prémios literários. Ao ser distinguido, em 1998, com o Prémio Nobel da Literatura, o único atribuído, até hoje, a um autor de língua portuguesa, Saramago conferiu uma dimensão mundial sem precedentes à literatura, à língua e à cultura portuguesas e tornou-se o mais universal dos escritores portugueses, traduzido e editado em dezenas de países. Foi condecorado, em Portugal, em 1985, com a Ordem Militar de Santiago de Espada e, em França, em 1991, com a Ordem das Artes e das Letras Francesas. Recebeu o Grau de Doutor Honoris Causa por dezenas de Universidades de todo o mundo.
A obra de José Saramago projectou-se igualmente na música, no teatro e no cinema. Muitos dos seus poemas foram musicados e interpretados por cantores como Manuel Freire, Luís Cília, Carlos do Carmo, Mísia ou Pedro Barroso. O compositor italiano Azhio Corghi levou à cena a ópera Blimunda, baseada no Memorial do Convento, dramas líricos baseados nas peças teatrais In Nomine Dei e Don Giovanni e compôs sinfonias baseadas em vários textos de José Saramago. Os romances Jangada de Pedra e Ensaio sobre a Cegueira foram adaptados ao cinema, com grande sucesso nacional e internacional.
José Saramago destacou-se também por uma intensa acção cívica e política. Em 1948, apoiou activamente a candidatura presidencial de Norton de Matos. Em 1969, aderiu ao Partido Comunista Português, partido de que foi militante, até ao fim da sua vida. Em 1969 e 1973, desenvolveu intensa actividade nas candidaturas da oposição democrática (CDE). Em 1989, integrou as listas da Coligação Por Lisboa, indicado pelo PCP, e foi eleito Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa. Foi candidato a Deputado à Assembleia da República, em diversas eleições, pelo círculo de Lisboa e integrou as listas da CDU ao Parlamento Europeu, em todas as eleições, desde 1987 a 2009.
Com uma obra intensamente ligada às mais profundas aspirações de progresso da Humanidade, a dimensão intelectual, artística, humana e cívica que José Saramago assumiu fazem dele uma figura maior da cultura portuguesa e um vulto incontornável da literatura universal. A morte de José Saramago constitui uma perda irreparável para Portugal, para o povo português, para a cultura portuguesa.
A Assembleia da República, reunida em plenário, manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de José Saramago e expressa aos seus familiares e, em especial, à sua mulher, Pilar del Rio, e à sua filha, Violante Saramago, as mais sinceras condolências.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Negrão.

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Faleceu José Saramago. Faleceu quem, para além do mais, nos deixou uma bela lição de vida. A lição de quem tem a sua origem em avós camponeses; de quem começou a vida, sempre de muita disciplina e trabalho, como aprendiz de serralheiro mecânico; de quem foi construindo a sua vida sempre com uma companhia, os livros; de quem, por amor aos livros, se fez escritor; e, por fim, de quem se tornou num dos escritores maiores da nossa Língua e com reconhecimento notório em todo o mundo — é o nosso Nobel.
Por isso, José Saramago, tendo, embora, falecido, continua presente em cada palavra que escreveu da sua admirável obra.
José Saramago tinha ainda a particularidade de nos surpreender — sempre! E fê-lo através dos seus 35 livros publicados. Com a certeza de que continuará a surpreender-nos com a publicação dos inéditos que já se anunciam. Por eles ficaremos a aguardar, como se cada um desses inéditos tivesse sido por ele próprio acabado de escrever.
Mas José Saramago ia sempre mais longe e fazia por nos chocar: ora através da sua militância política, sempre coerente e inquebrantável — e aproveitamos esta oportunidade para saudar o Partido Comunista Português, partido onde José Saramago sempre militou — , ora quando defendeu abertamente uma federação ibérica, ora quando escreveu e publicou obras através das quais afirmava e reiterava a sua condição de ateu convicto.

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