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20 | I Série - Número: 018 | 23 de Outubro de 2010

mesmo, expresse a sua oposição à realização da Cimeira da NATO, em Portugal; condene quaisquer iniciativas de teor militarista, apelando a uma real aplicação dos conceitos inscritos na nossa Constituição, designadamente o conceito de paz e de justiça nas relações entre os povos; e, por fim, repudie a atitude do Governo português, que, ao mesmo tempo que invoca a crise para justificar e efectuar profundos cortes nas despesas sociais, continua a despender cada vez mais milhões de euros com a adaptação das forças armadas às exigências da NATO e com os contingentes que põe ao serviço das suas missões militares.
Esta Assembleia tem assim, hoje, a oportunidade de se associar a todos aqueles que pretendem construir um mundo de paz.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Rebelo.

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados: Hoje, discutimos dois projectos de resolução e uma petição exactamente sobre a mesma matéria. Aliás, não deixei de reparar que foram praticamente iguais na própria dialéctica.
Vou concentrar-me mais na petição, mas o PCP e o Bloco de Esquerda merecem a consideração de terem apresentado estes projectos de resolução, apesar de serem diferentes as motivações dos dois partidos.
No caso do Bloco de Esquerda, direi que são herdeiros daquele espírito do Maio de 68, do Woodstock ou do apaziguamento de Chamberlain, que acha que este mundo é de gente boa e que os problemas e as ameaças se resolvem com diálogo, que tudo pode ser resolvido com discussão e sentados a uma mesa.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Pedro Soares (BE): — Não com submarinos e torpedos!

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — Infelizmente, vivemos no planeta Terra. E já foi demonstrado que essa política levou, obviamente, às desgraças, que conhecemos, da II Guerra Mundial, à política do Carter de 1976/1980, que levou ao que levou, e, depois, aos diálogos surreais que aconteceram na política internacional.
Falhou essa política!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — O PCP já é algo mais complexo, obviamente. O PCP está órfão. Até 1991, apoiou o Pacto de Varsóvia, que, como sabemos, era uma organização muito «democrática«,»

Risos do CDS-PP.

» que nunca violou os direitos humanos, que não ocupou Budapeste em 1956, esmagando e matando o seu povo, que não o fez em Praga em 1968, que não invadiu o Afeganistão,»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Está a falar do Afeganistão?!

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — » que não invadiu a Lituània em 1991»! Não fez nada disso!

Vozes do CDS-PP: — Nada»!

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): — Foi uma organização exemplar no respeito pelos direitos humanos!! Em 1991, essa organização foi dissolvida e o PCP ficou órfão!

Protestos do PCP.

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