O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

30 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010

resolvem-se, de facto, com coragem, que é aquilo que o Governo tem tido, em algumas matérias, e também está a ter neste Orçamento do Estado para 2011. Pelos vistos, alguns grupos parlamentares não o compreendem, porque, do ponto de vista eleitoral, tem pouco interesse, e o que importa é o ponto de vista eleitoral.
Mas há coragem quando se vai ao ponto de, ao nível dos funcionários públicos, proceder a um corte da massa salarial de 5%.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Pois! Isso é que é coragem!

O Sr. Victor Baptista (PS): — Este é o caminho, porque não há outro, neste momento. Não é agradável, claro que não é agradável. É agradável para algum Governo, cortar a massa salarial?! Claro que não é agradável, mas é indispensável, infelizmente, neste contexto internacional, no contexto da Europa e no contexto de Portugal, sob pena de termos males maiores,»

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Para o dinheiro ir para o BPN!

O Sr. Victor Baptista (PS): — » sob pena de as «dores de parto« serem muito mais duras, com consequências mais desastrosas para o próprio País. Esta é a questão de fundo que podia estar aqui em cima da mesa e que estará em cima da mesa com a aprovação do Orçamento.
Pelos vistos, andamos aqui entretidos com questões que não resolvem os problemas, andamos a passar o tempo com questões que parecem novidade mas não o são, e os outros países já as abandonaram há muito tempo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Manuel Pureza.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: No final deste debate, queremos registar, com toda a clareza, o acolhimento alargado do projecto que o Bloco aqui trouxe hoje e queremos registar também quem quer ficar, nesta Câmara, com o ónus da opacidade orçamental.

Vozes do BE: — Muito bem!

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Na verdade, o que trouxemos ao Parlamento é muito simples. Está diante de nós uma exigência muito clara e muito contrastada: ou ficamos do lado do rigor e da transparência, e isto implica uma quebra das rotinas orçamentais que só favorecem as relações de poder estabelecidas no interior do aparelho de Estado, ou estamos do lado do rigor, e este rigor exige, claramente, uma quebra com essas mesmas rotinas. Transparência e rigor são, neste momento, exigências essenciais da democracia! Mas nós conhecemos bem os argumentos e as motivações de quem não quer aceitar este repto. Essas motivações são simples: misturar despesas absolutamente necessárias com despesas supérfluas, para, a partir daí, legitimar cortes cegos, que são sempre cortes absolutamente injustos.
Faltam, no País, médicos, professores, enfermeiros, psicólogos, nas nossas escolas, mas, ao mesmo tempo, os Orçamentos que, um após outro, vamos registando nesta Assembleia permitem a compra de 400 automóveis, por uma empresa pública, no fim do seu exercício orçamental, que permitem que, a coberto da rubrica «Outras Despesas», se legitime a aquisição de welcome drinks e que permitem que, a coberto da rubrica «Outros Serviços», se façam coisas como ajustes directos, no valor de 1 milhão, a uma empresa municipal cujo passivo atinge 218 milhões de euros. É isto, Srs. Deputados, que não podemos aceitar: que se continue a legitimar a prática dos «buracos negros» no Orçamento do Estado.

O Sr. Presidente: — Faça favor de concluir, Sr. Deputado.

Páginas Relacionadas
Página 0008:
8 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 que baixou à 12.ª Comissão, 298/XI (2.ª)
Pág.Página 8
Página 0009:
9 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 E o próximo Orçamento promete, aliás, man
Pág.Página 9
Página 0010:
10 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 orçamental e nas disposições constitucio
Pág.Página 10
Página 0011:
11 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 Compreendemos a lógica de vir da base pa
Pág.Página 11
Página 0012:
12 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 um cocktail dînatoire, um cocktail janta
Pág.Página 12
Página 0013:
13 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 que nos protejam da obscuridade, que nos
Pág.Página 13
Página 0014:
14 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 Sabemos que é uma metodologia que tem ce
Pág.Página 14
Página 0015:
15 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Exacta
Pág.Página 15
Página 0016:
16 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 das suas funções (há falta de material,
Pág.Página 16
Página 0017:
17 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 nosso ponto de vista. Temos a experiênci
Pág.Página 17
Página 0018:
18 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 fórmula também um instrumento, não estar
Pág.Página 18
Página 0019:
19 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 Em 2009, tínhamos um défice de 9,3% do P
Pág.Página 19
Página 0020:
20 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 É neste contexto que o PSD considera que
Pág.Página 20
Página 0021:
21 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 Portanto, a nossa convergência com o PSD
Pág.Página 21
Página 0022:
22 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 recomendação ao Governo e não de um dipl
Pág.Página 22
Página 0023:
23 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 Temos indicadores que podem estar subjac
Pág.Página 23
Página 0024:
24 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Mui
Pág.Página 24
Página 0025:
25 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 o gosto de, em sede de especialidade, lh
Pág.Página 25
Página 0026:
26 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 O Sr. José Gusmão (BE): — E quando se f
Pág.Página 26
Página 0027:
27 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 que dê estabilidade orçamental. Isso é q
Pág.Página 27
Página 0028:
28 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 obscuras, de ajustes directos em montant
Pág.Página 28
Página 0029:
29 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 Deputado poderá dizer-me: «presume-se qu
Pág.Página 29
Página 0031:
31 | I Série - Número: 019 | 30 de Outubro de 2010 O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Para d
Pág.Página 31