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102 | I Série - Número: 020 | 3 de Novembro de 2010

Aconselha humildade sobretudo a uma bancada que já foi governo numa altura em que o País também estava em crise. Mas havia uma grande diferença: é que, então, a Europa e o mundo não estavam em crise!

Aplausos do PS.

Uma bancada que, quando esteve no governo em tempo de crise, também teve de aumentar os impostos, tendo assumido com os eleitores que não o faria.
Uma bancada que, quando foi governo num momento de crise delapidou o Estado social de uma forma absolutamente deplorável, numa altura em que tudo aconselhava o contrário.

Protestos do PSD.

E sobretudo, Sr. Deputado, o debate aconselha humildade e rigor numa altura em que todos nós devemos estar ao nosso melhor nível para responder ao País e aos portugueses com o que é necessário.
Este debate aconselha humildade e rigor porque a situação é difícil; aconselha humildade e rigor porque esta crise é internacional — é a maior dos últimos 80 anos e atinge muitos países, todos os países da União Europeia; aconselha humildade e rigor, Sr. Deputado Duarte Pacheco e Sr.as e Srs. Deputados, porque temos que garantir as condições necessárias para que Portugal consiga ultrapassar as dificuldades o mais rápido e solidamente possível; e aconselha humildade e rigor, porque o País, as portuguesas e os portugueses precisam que estejamos à altura, como disse, do momento e que nos concentremos no essencial.
Podem os partidos da oposição acusar o PS e o Governo de tudo o que quiserem — e já vimos que a criatividade é muita — , mas há factos que são indesmentíveis.
Este Governo tem toda a credibilidade para defender o Estado social, porque foi dos governos que mais o reforçou.

Vozes do PSD: — Vê-se!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Este Governo tem toda a credibilidade para falar no controlo das contas públicas, porque alcançou o menor défice da nossa história democrática.

Protestos do PCP.

Este Governo tem toda a credibilidade para falar num projecto para o País, porque foi em nome de um projecto que, nestes seis anos, o Governo investiu, como nunca, na educação, na inovação, na ciência, na tecnologia e na excelência.

Aplausos do PS.

O Sr. João Oliveira (PCP): — É só propaganda!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Vou só usar um dado, Srs. Deputados: as exportações crescem, durante este ano, três vezes mais do que o Governo previu no Orçamento do Estado para 2010, o que os senhores diziam ser absolutamente irrealista.
Este crescimento significa uma mudança estrutural que há poucos anos atrás não era possível. São as exportações de uma economia baseada no crescimento e no conhecimento, que nos indicam que é possível vencermos as dificuldades e que devemos continuar a trabalhar, porque os portugueses, as empresas, a nossa sociedade tem tudo para conseguir vencer as dificuldades.
Este Orçamento do Estado, Sr. Ministro das Finanças, não é, seguramente, o Orçamento que o PS gostaria de apresentar, mas é o que tem de apresentar para defender os interesses do País e das pessoas, por muito que nos custe e por muito que seja difícil. É isto que faz a diferença entre aqueles que estão à altura das suas responsabilidades e aqueles que não estão.

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