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105 | I Série - Número: 020 | 3 de Novembro de 2010

meus netos: sempre que lhes é dado um remédio, resmungam, torcem o nariz, dizem que não gostam.
Compreendo que eles assim reajam, pois não têm consciência do que é um remédio para fazer bem à saúde.

Aplausos do PS.

Mas o Sr. Deputado tinha obrigação de perceber que, dada a séria crise de financiamento com que nos confrontamos, a cura desta crise é algo que é amargo. É amargo! Tenho-o dito várias vezes e reconheci-o na minha intervenção. É preciso, de facto, tomar medidas exigentes, o que exige sacrifícios a todos nós.
Compreendo que o Sr. Deputado entenda que nós podemos aligeirar esse sacrifício — essa foi sempre a atitude do PSD, que, no meio desta crise, só pensa em tirar dividendos»

Vozes do PS: — Claro!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — » e não, de facto, em responder ás exigências do País e em ter a coragem de dar a cara pelas medidas que são necessárias para ultrapassarmos esta crise.
O PSD sempre esteve contra. O Sr. Deputado recordou os anos de 2005 até à crise.
Sr. Deputado, nós reduzimos o peso da dívida pública em 2007, coisa que os senhores nunca fizeram durante os vossos anos de governação.

Protestos do PSD.

E não reduzimos o peso da dívida mais cedo porque tivemos que acomodar um défice que os senhores esconderam em 2004. Um ministro, que foi muito elogiado pelo Sr. Deputado Paulo Portas, teve o cuidado de reconhecer que o défice, em 2004, era de 6,4%.

Protestos do PSD.

E isso foi escondido e agravou o nosso endividamento!

Aplausos do PS.

Ora, num período de importantes reformas para a consolidação orçamental, para a redução da dívida, o PSD sempre esteve contra as reformas: esteve contra a reforma da segurança social, esteva contra a reforma da Administração Pública, e agora o PSD tem o desplante de vir aqui dizer «cumpram o PRACE!», «o PRACE é que é bom!», «vocês deviam ter cumprido o PRACE!». Isso é de um cinismo espantoso!

Aplausos do PS.

Sr. Deputado Duarte Pacheco, recordo também que, na discussão do Orçamento do Estado para 2010, o PSD propôs medidas para o fim do PEC, para reduzir contribuições, enfim, medidas que só iriam agravar o défice das contas públicas.
Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos, de facto, a consolidação é, e deve ser, neste momento, a prioridade da política orçamental. Sem consolidação não há financiamento, sem financiamento não há actividade económica capaz de dinamizar o investimento, de dinamizar o emprego, de estar na base do crescimento da economia.
Esta é uma condição necessária. Como eu disse, não é suficiente, pelo que temos que avançar com reformas importantes, que têm vindo a ser implementadas por este Governo e que começaram no governo anterior para potenciar o crescimento do País.
Mas não nos adianta fazer essas reformas se não resolvermos esta questão prévia, que é a de assegurar que há financiamento da economia. E se não sucedermos em reduzir o défice das contas públicas este ano e no próximo ano, conforme planeado, o financiamento cessará e ficaremos em grandes dificuldades, comprometeremos o crescimento.

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