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94 | I Série - Número: 020 | 3 de Novembro de 2010

porque as pessoas podem não ter memória suficiente e podem deixar-se levar nesse «embalamento» fácil de quem não tem nada a ver com nada e chegou, vindo de um qualquer nevoeiro, como o grande salvador e aquele que detém todas as chaves de resolução dos problemas»! V. Ex.ª foi ministro de um governo que optou por enganar os portugueses em relação ao défice orçamental.
Em reunião formal de Conselho de Ministros, entre dizer a verdade ou enganar os portugueses, a opção foi enganar os portugueses e não assumir o real valor do défice, isto quando o valor do défice, sem razão de contexto internacional, como hoje existe, era, na altura, assumido de 6,4%, mas seria de 6,8%. Aliás, V. Ex.ª também não é o bom exemplo de contenção e de exercício contido do lugar governamental, porque não sei se havia muitos outros ministros com dois gabinetes como V. Ex.ª» E a verdade é essa e, hoje, exige aos outros aquilo que foi incapaz de exigir a si próprio.
Portanto, V. Ex.ª tem, desde logo — eu não sei se são os pecados, ou não pecados, mas» — , um peso, que é o peso de quem exerceu, o peso de quem tem um passado e não pode, com toda esta leveza, libertarse das suas responsabilidades profundas, porque a verdade é que o governo de que V. Ex.ª fazia parte, sem razão de contexto, deixou um défice de 6,8%, que exigiu deste Primeiro-Ministro, no governo que lhe sucedeu, um enorme esforço de redução do défice.
Infelizmente avanço esse e evolução essa interrompidos por uma dramática crise, que V. Ex.ª diz, hoje, aqui, com enorme leveza, para não dizer leviandade, para mais no actual contexto, que este Governo e este Sr. Primeiro-Ministro são os responsáveis, porque se está a pagar muito pela dívida pública.
O Sr. Deputado ainda há bem pouco tempo apresentava como modelo de desenvolvimento e objectivo a atingir a Irlanda»

Vozes do PS: — Bem lembrado!

O Sr. Afonso Candal (PS): — Ora, a Irlanda atingiu hoje os 7,25% de juros sobre a dívida irlandesa que obrigou a uma intervenção drástica do Banco Central Europeu. Era esse o seu referencial. Continua a ser? É porque se não é convém que diga que não é, sob pena de alguém se lembrar que era e V. Ex.ª, pura e simplesmente — e, porventura, até habilidosamente, dentro do seu registo — , omite esses factos históricos, que lhe devem pesar, porque V. Ex.ª também tem um passado.
V. Ex.ª apela ao Sr. Primeiro-Ministro para que se retire.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Não é retirar; é sair!

O Sr. Afonso Candal (PS): — O Sr. Primeiro-Ministro não se retira, sempre esteve firme no seu posto a responder pelo passado, pelo seu passado e pelo passado dos seus governos.
V. Ex.ª ç que tem umas retiradas intermitentes, depois volta» Mas não volta sem passado, Sr. Deputado Paulo Portas! Volta com toda a carga do passado de quem tem a obrigação de, para se fazer política séria e consistente, assumir e não tentar descartar-se, porque as propostas que o CDS-PP tem apresentado ao longo dos anos, mesmo já não estando no governo, relativamente ao TGV elas existem, relativamente às concessões rodoviárias elas existem»! Aliás, V. Ex.ª atç dá voz a muitas dessas aspirações em termos locais, em termos de nicho», mas, depois, vem aqui fazer o discurso dos problemas de financiamento do Estado?! Ó Sr. Deputado, entenda-se consigo próprio! O que não pode é ter esta duplicidade de discurso quando está mais preocupado com as questões eleitorais de nicho ou quando opta pelas questões eleitorais gerais de uma suposta postura de Estado que, infelizmente, vai aparentando ter, dentro da sua lógica de discurso leve de quem não tem passado e não tem de dizer por que comprou dois submarinos e nem sequer tem a hombridade de defender a razão por que os comprou, escudando-se dizendo que outros, no passado, até chegaram a falar em quatro! Sr. Deputado, responda pelos seus actos, não se escude!

Aplausos do PS.

Responda pelos resultados, em termos de contas públicas, dos seus governos! Responda pelas suas despesas, enquanto membro do Governo!

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