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59 | I Série - Número: 020 | 3 de Novembro de 2010

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Para já, o BPN parece ter ficado completamente envolto numa névoa, nunca conseguimos saber quanto é que ele está a custar-nos nem quanto vai custar-nos. Pergunto-lhe quando é que isto vai aparecer nas contas públicas e peço-lhe uma estimativa de quanto nos vai custar a todos.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Ana Drago.

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, depois de semanas de uma sucessão de episódios, de acusações e de desmentidos, na negociação que foi feita entre PS e PSD, aqui estão PSD e PS a apresentar um Orçamento do Estado que promete recessão e empobrecimento da maior parte dos portugueses.

Vozes do BE: — Exactamente!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Mas o que pensávamos que tinha terminado, este tom degradado de debate político, continua aqui hoje e, portanto, percebe-se que quem vai permitir a viabilização do Orçamento não tem qualquer credibilidade no debate político. Não há aqui qualquer elevação, qualquer respeito pelas dificuldades que os portugueses vão passar no próximo ano graças a este Orçamento. Aliás, a expressão do Sr. Deputado Luís Montenegro é de pobre e mal-agradecido.
O PSD diz ao Partido Socialista e ao Governo: «Vamos permitir a viabilização do vosso Orçamento e os senhores são pobres e mal-agradecidos!» Por sua vez, o Governo diz ao PSD: «Com este Orçamento recessivo, vamos aplicar aquele que é o programa do PSD e os senhores são pobres e mal-agradecidos!»

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Porque a expressão é essa! Foi a expressão do Sr. Primeiro-Ministro, durante este debate, quando falou da desforra da direita contra o Estado social. Pois aqui está: cortes nos serviços públicos, na saúde e na educação, da ordem dos 10%, cortes nos salários, congelamento de pensões, cortes na comparticipação dos medicamentos, na acção social escolar, no abono de família» Esta ç a desforra da direita contra o Estado social!

Vozes do BE: — Muito bem!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Para que haja alguma credibilidade, alguma clareza, alguma «higiene» no debate político, Sr. Primeiro-Ministro, há coisas que não podem sair deste debate sem serem respondidas.
O Sr. Primeiro-Ministro tem fugido a todas as questões sobre o BPN (e há que esclarecê-las) e, também, sobre os 500 milhões de euros que resultam do acordo que foi feito com o PSD, que são um défice nas contas do Governo e que não estão explicados.
O Sr. Primeiro-Ministro fala-nos de uma «redução genérica» nos ministçrios» Tem de ser mais claro, mais objectivo, mais rigoroso, porque, creio, Sr. Primeiro-Ministro, os portugueses estão fartos de histórias mal contadas.
Queremos saber onde vão ser feitos os cortes dos 500 milhões de euros que resultam do acordo com o PSD, como vai ser pago o «buraco» do BPN e se há ou não um investimento acrescido de 400 milhões de euros nesse «buraco».

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

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