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20 | I Série - Número: 025 | 27 de Novembro de 2010

O Sr. António Filipe (PCP): — Estava anunciada, desde que o «Presidente-candidato» Cavaco Silva assumiu o apadrinhamento deste Orçamento, ao afirmar que nem lhe passava pela cabeça que ele não fosse aprovado e ao convocar um Conselho de Estado com o propósito de pressionar a sua tão desejada aprovação.

Vozes do PCP: — Exactamente!

O Sr. António Filipe (PCP): — Estava anunciada, desde que o directório da União Europeia, a diversas vozes, incluindo a do seu porta-voz, Durão Barroso, se lançou numa indecorosa operação de chantagem e de ingerência nos assuntos internos de Portugal, visando forçar a aprovação deste Orçamento do Estado.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!

O Sr. António Filipe (PCP): — Este Orçamento não é só do PS e do PSD, é também de Cavaco Silva, do directório da União Europeia, dos banqueiros e dos especuladores.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!

O Sr. António Filipe (PCP): — O que este Orçamento não é, é dos portugueses, que vão sofrer com ele, que vão perder empregos, que vão ver baixar os salários, que vão pagar mais impostos, que vão perder prestações sociais, que vão sofrer uma degradação acentuada das suas já tão difíceis condições de vida.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Muito bem!

O Sr. António Filipe (PCP): — Este Orçamento do Estado é o maior ataque às condições de vida dos trabalhadores e do povo alguma vez desencadeado em democracia. É um orçamento ao serviço dos especuladores e contra os reais interesses do povo e do País; é um Orçamento que põe em evidência o total falhanço das políticas do PS e do PSD, com ou sem a «muleta» do CDS.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!

O Sr. António Filipe (PCP): — Este Orçamento não decorre de inevitabilidades, de factores imponderáveis ou de uma conjuntura externa adversa. A situação a que o País chegou é a que decorre das opções sempre defendidas e levadas à prática pelos governos dos últimos 35 anos, em que o PS e o PSD, com ou sem o CDS, repartiram, entre si, uma governação de subserviência perante o poder económico, de abdicação dos interesses nacionais perante um processo de integração europeia ditado exclusivamente pelos interesses de um directório dominado pelo eixo franco-alemão, que destruiu o tecido produtivo nacional, que delapidou o património empresarial do Estado, num processo ruinoso de privatizações, e que tem vindo a sacrificar o Estado social ao sabor dos interesses dos detentores do poder económico.
De há 10 anos para cá, os trabalhadores portugueses só não perderam poder de compra em anos de eleições legislativas, em que tanto o PS como o PSD decretam o fim da crise. Passadas as eleições, é o que se sabe» Em 2002, o País estava de «tanga» e foram impostos sacrifícios para reduzir o défice. Em 2005, o País estava ainda pior e foram impostos mais sacrifícios para reduzir o défice. Em 2010, perante um descalabro financeiro provocado pelos desvarios que esta política consentiu ao capital financeiro, são, novamente, os trabalhadores, os reformados e os mais desfavorecidos a pagar a crise que os poderosos provocaram.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!

O Sr. António Filipe (PCP): — O que este Orçamento representa é o descalabro e a completa falência da governação do PS e do PSD. Mais uma vez, a crise é paga pelos mesmos de sempre, porque os que governam têm sido os mesmos de sempre.

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