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14 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011

Sabe porquê, Sr. Deputado? Porque eu não estive escondido atrás de coisa nenhuma. Eu fiz parte da Comissão de Inquérito ao BPN e estive sempre de cabeça levantada, procurando a verdade daquilo que se passou no BPN.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Nesta matéria, como em todas as outras (não é a única), o que eu quero é que, em nome da decência democrática, se faça justiça. E não vamos desistir de lutar por alcançar esse objectivo.
Pudessem os senhores querer na exacta medida em que nós queremos que neste, como em outros casos, tudo fosse investigado e julgado até ao fim.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para dar explicações, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Miguel Macedo, talvez saiba que um assessor do Presidente Kennedy, um grande economista, Galbraith, explicou uma vez que a raiz das crises financeiras, quando se tratava da desonestidade e do ganguesterismo, podia ser resumida por uma constatação: não há melhor forma de assaltar um banco do que a partir da sua administração.

Vozes do BE: — Muito bem!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Foi exactamente isto que aconteceu no BPN. Exactamente isto!

Aplausos do BE.

E o senhor sabe quem eram os administradores, sabe quem era uma parte da elite política do regime, dos homens de confiança dos governos da maioria absoluta daqueles anos que se mantiveram na direcção deste banco, arrastando-o para a ruína, para uma falência que resulta de uma fraude.
Disse o Sr. Deputado Miguel Macedo: «Quero que se faça toda a justiça sobre os crimes.» Ainda bem, ainda bem que é feita agora essa justiça, porque se tivesse havido o controlo político, a capacidade de intervenção, as auditorias, o acompanhamento, a supervisão necessária, a seriedade daquela administração,»

Protestos do PSD.

» então, o crime teria sido evitado.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Exactamente!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — E é por isso que estamos, agora, a levantar esta responsabilidade de há muito tempo. Foi exactamente o que eu disse aqui no debate.
É claro, Sr.as e Srs. Deputados — disse eu, nessa altura — , que este banco tinha que ser nacionalizado, tinha que haver uma intervenção clarificadora, porque não pode continuar a acontecer a acumulação imensa de prejuízos que vão afectar os dinheiros públicos.

Vozes do BE: — Uma vergonha!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Depois, eu disse que o que não se pode aceitar é que os portugueses, com o seu IRS, venham a pagar a irresponsabilidade, o crime e a especulação. E foi assim que o Bloco de Esquerda actuou.

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