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27 | I Série - Número: 035 | 7 de Janeiro de 2011

de 45000 milhões de euros para 3000 milhões de euros. Isto é obra! E diz mais: que grande parte dos depósitos foram «transferidos» para a Caixa Geral de Depósitos. Isto é que dá que pensar! Chamo a atenção do Parlamento e dos Srs. Deputados para que, nas audições que vamos promover, tenhamos esclarecimentos sobre estas questões.
Isto é verdade? É verdade que 1500 milhões de depósitos foram transferidos para a Caixa Geral de Depósitos? Em que termos? Temos o direito de, no Parlamento, de saber a verdade.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Mais de dois anos após a nacionalização, não devíamos ter chegado a este ponto! Só esperamos que se assumam as responsabilidades por tudo o que se passou após a nacionalização.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado José Manuel Pureza.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Hugo Velosa, cumprimento-o pela intervenção que acabou de fazer, sublinhando, no entanto, a minha perplexidade perante o início da sua intervenção.
Na verdade, Sr. Deputado Hugo Velosa, vir a esta Câmara dizer que o problema do BPN é aquilo que aconteceu após a sua nacionalização é qualquer coisa que deixa qualquer um surpreendido. Faz o Sr. Deputado crer que, antes da nacionalização, o BPN era um «paraíso». Sr. Deputado, será paraíso só para alguns certamente»!

Risos do BE.

Mas disso já iremos falar» O Sr. Deputado sabe tão bem quanto eu que as responsabilidades anteriores à nacionalização são, pelo menos, no valor de 2000 milhões de euros. Não podemos nem queremos escamotear isto, porque é essencial para a democracia portuguesa, nesta altura.
Quero sublinhar a afirmação feita pelo Sr. Deputado Hugo Velosa de que o PSD está totalmente disponível para saber toda a verdade sobre o BPN. E quero sublinhá-lo, tanto mais que dantes não era assim: cinco ministros e um secretário de Estado do PSD que estiveram na administração do BPN estavam exactamente na posição oposta à de saber e de ter toda a transparência em relação às contas do BPN. Mas, enfim, vem agora o PSD jurar o seu amor à transparência neste caso. Ainda bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Não é agora!

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Até porque não o fizeram quando o Bloco de Esquerda propôs, em sede de Orçamento do Estado, um relatório sobre as contas do BPN e o Grupo Parlamentar do PSD inviabilizou essa mesma proposta. Há aqui algumas cambalhotas, elas são devidamente assinaladas, mas ainda bem que são no melhor sentido. Portanto, quero sublinhar isto.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É como a vossa!

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Já agora, quero solicitar aos Srs. Deputados do PSD e, em especial, ao Sr. Deputado Hugo Velosa que recomendem esse vosso espírito de amor à transparência ao vosso candidato presidencial.

O Sr. José Gusmão (BE): — Exactamente!

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — É absolutamente fundamental que o façam nesta altura.

Aplausos do BE.

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