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57 | I Série - Número: 040 | 20 de Janeiro de 2011

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Queria começar por cumprimentar os peticionários e dizer que se há matéria que não deve dividir políticos é seguramente esta. Se há matéria onde a política deve servir para alguma coisa é também seguramente esta.
O encerramento da ponte de Constância em Julho de 2010 por decisão da REFER criou uma situação crítica e desesperante no concelho de Constância. Desde logo, fez com que as populações de Constância, de Praia do Ribatejo e de Vila Nova da Barquinha voltassem a depender do barco, tendo esta passado a ser a única ligação possível entre as duas margens do concelho. Isto, Sr. Presidente, em pleno século XXI e como mais uma das marcas do Estado socialista que, infelizmente, vamos tendo.
A ponte de Constância foi encerrada de forma inesperada e sem terem sido providenciadas todas as alternativas, ou mesmo quaisquer alternativas, para os milhares de utentes diários daquela infra-estrutura.
Hoje, esse é um facto indesmentível seja por quem for.
Mas há mais factos que importa enunciar. Desde logo, o facto de cerca de 100 alunos da escola secundária de Constância, que residem na margem sul do concelho, serem obrigados a fazer cerca de quatro transbordos diários em transportes públicos — autocarro, comboio, autocarro — com ida e volta entre as suas casas e os estabelecimentos de ensino. Mas isso, Sr. Presidente, não é prioritário.
Outro facto: os problemas de segurança, que são absolutamente evidentes quando temos a polícia, os bombeiros e a protecção civil circunscritos ao facto de não poderem atravessar o rio. Mas isso também não é prioritário.
Refiro também, por exemplo, a vida das famílias e das empresas, que ficam condicionadas por força deste facto e pela simples razão de a travessia mais próxima estar a 25 km de distância. Mas isso também não é prioritário.
Refiro ainda, por exemplo, o aumento dos custos do transporte escolar que todas as famílias têm que suportar. Mas isso parece também não ser relevante.
Por isso mesmo, queria dizer em nome do CDS que, pese embora o facto de a reabertura da ponte»

O Sr. João Sequeira (PS): — Ah! »

O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — » estar prevista para Fevereiro (esperamos que assim seja, Srs. Deputados do PS), a verdade é que é preciso ter todo o cuidado e continuar a acompanhar este assunto bem de perto.
A importância regional da travessia ultrapassa o âmbito dos próprios concelhos aqui envolvidos, é muito relevante para toda a economia do distrito de Santarém. Por isso mesmo, não deixaremos de acompanhar, como aqui referi, este assunto bem de perto, para ver se passamos dos anúncios à realidade.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Em primeiro lugar, Os Verdes querem saudar os subscritores desta petição, que, em boa hora, se dirigiram à Assembleia da República no sentido de denunciar, pedindo a nossa intervenção, a situação de absoluta interioridade em que foram colocados com o encerramento da ponte sobre o Tejo que liga Constância a Praias do Ribatejo.
Por via deste encerramento, as pessoas têm que utilizar outra ponte na Chamusca ou no Rossio ao Sul do Tejo. Ou seja, têm que se deslocar mais 80 km, tendo os 10 minutos de percurso que costumavam fazer passado a 90 minutos. Isto já para não falar dos problemas que daí decorreram para as outras pontes então utilizadas devido ao congestionamento.
Obviamente, isso afectou fortemente a região ao nível do comércio, das empresas, das indústrias, das próprias forças de segurança, dos bombeiros e das famílias em geral na sua vida quotidiana.
Ora, nada disto teria acontecido se não se tivesse deixado chegar a ponte àquele estado. E, naturalmente, por vontade de Os Verdes isso não teria acontecido, porque nos fartámos de apresentar propostas ao nível do PIDDAC para a requalificação e a segurança daquela ponte. E mais: não teria acontecido desta forma se porventura a nova ponte sobre o Tejo já estivesse construída.

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