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50 | I Série - Número: 040 | 20 de Janeiro de 2011

Aplausos do CDS-PP.

Quando, há um ano, este Governo decidiu iniciar as obras do metro Mondego, retirando os carris de uma ligação ferroviária — imaginem, inaugurada em 1906, no tempo da monarquia, em Dezembro de 1906, lendose então no jornal O Lousanense: «A Lousã abre-se finalmente ao mundo através desse meio de transporte«»! — , ninguém ousaria pensar que, no último Novembro, o Governo, com uma medida no mínimo indecorosa, através do Ministério das Obras Públicas, iria decidir suspender as obras por tempo indeterminado, fazendo passar a mensagem (o que é mais grave!) de que o projecto seria impossível de realizar.
Não acreditamos que algum dos Srs. Deputados presentes nesta Assembleia possa aceitar que uma ligação ferroviária que servia milhares de pessoas diariamente, na deslocação para o seu local de trabalho ou para o seu local de estudo, ou mesmo por lazer, seja puramente abandonada — isto para já não falar nas obras do metro Mondego dentro de Coimbra, na Baixa de Coimbra, que, em parte, foi deitada a baixo e ficou destruída.

Aplausos do CDS-PP.

Atrevia-me a dizer que isto é, seguramente, «o Estado socialista no seu melhor»!»

Aplausos do CDS-PP.

Nesta conformidade e perante uma situação que se considera criminosa — desculpem-me a rudeza do termo — , o CDS está totalmente de acordo com os peticionários e, por essa ordem de ideias, apresentou um projecto de resolução onde recomenda ao Governo que até 2013 conclua a ligação Serpins/S. José; até 2015, a ligação S. José/Coimbra B e, até 2017, a linha do Hospital. Mais: recomenda a criação, que consideramos fundamental, de uma autoridade intermunicipal que fique responsável pela gestão integrada deste investimento.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Peticionários: que fique bem claro que aquilo de que estamos a tratar — repito que não se trata de um mero capricho de milhares de portugueses no distrito de Coimbra — é, seguramente, uma questão nacional que, a não ser concretizada, porá em causa a credibilidade de um Estado e, em última análise, o futuro de Portugal.

Aplausos do CDS-PP.

Que o Governo não se iluda nem nos venha com promessas, porque, dessas, estamos fartos, e que fique consciente de que nada nos fará abandonar os nossos objectivos, porque, citando, mais uma vez, Torga, que, provavelmente, viajou muitas vezes nesta linha, de nenhum fruto nos contentaremos só com metade.

Aplausos do CDS-PP e de Deputados do PSD.

O Sr. Presidente: — Também para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Rita Rato.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Naturalmente, impõe-se uma palavra de solidariedade do Partido Comunista Português para com as populações em luta de Miranda do Corvo, Lousã, Serpins e Coimbra.
No entender do PCP, é fundamental e urgente repor os carris do ramal da Lousã. À «boleia» do metro Mondego, tivemos não apenas o problema agravado na cidade de Coimbra mas também o impedimento e o boicote às populações de Miranda do Corvo, Serpins e Lousã, no acesso à cidade de Coimbra. Isto tem efeitos muito práticos sobre quem quer trabalhar, sobre quem tem de ir para o seu trabalho, sobre quem tem de ir estudar, sobre quem tem de se deslocar aos serviços públicos para resolver os seus problemas.
Ora, entendemos algo muito claro: quem estraga velho, tem de pagar novo. É isto que o projecto de resolução do PCP vem, hoje, aqui exigir.

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