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15 | I Série - Número: 046 | 3 de Fevereiro de 2011

e todos reconhecemos, inclusive, teoricamente, o seu partido também o reconhece, que o actual modelo administrativo da cidade de Lisboa é desadequado.
A diferença entre nós é que vocês não são capazes de apresentar uma proposta, porque sabem que qualquer proposta vai mexer, com certeza, com situações estabelecidas. E nós soubemos trabalhar em conjunto com quem quis trabalhar connosco, que foi o PSD, que teve sentido de responsabilidade, e apresentámos uma proposta.
Tratou-se de um acordo semelhante àquele que também fizemos convosco quando estivemos no governo da cidade de Lisboa, que não foi uma negociata, foi um acordo permitido, aceitável e desejável em democracia política.
Esse tipo de linguagem só é possível para quem não gosta da democracia e para quem ainda não está habituado a conviver em democracia.

Aplausos do PS.

O Sr. Pedro Duarte (PSD): — Só descobriram isso agora?!

O Sr. Miguel Coelho (PS): — Desafio o PCP que se insira neste debate, que venha para este debate. Li o comunicado da DORL — Organização Regional de Lisboa do PCP — , que diz: «Esta proposta não é boa, vamos fazer uma nossa». Que a façam! E vamos discuti-la, porque só assim é que as pessoas podem ser confrontadas com propostas concretas e só assim é que podem ajuizar.
O que não faz sentido — não lhe admito a si, nem a ninguém do PCP, porque eu também não dou lições — ç que se façam aqui insinuações de negociatas e de interesses obscuros,»

Aplausos do PS.

» porque aquilo que nós fizemos abertamente, com anúncio público, com a comunicação social presente, foi anunciar um acordo político. Portanto, não há aqui nenhuma negociata, há um acordo para o qual o PCP foi convidado a participar. A princípio, o PCP aceitou, mas depois não quis continuar. Tem todo o direito, não pode é vir para aqui fazer insinuações que, em democracia, não cabem entre adversários políticos.

Aplausos do PS.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — A negociata está à vista!

O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Para uma declaração política, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, nesta declaração política vou abordar duas temáticas: as florestas e a redução do número de Deputados.
Perguntarão alguns Srs. Deputados o que é uma coisa tem a ver com outra para ser abordada na mesma declaração política. Mas, se eu adaptar aqui um velho lema de Os Verdes, talvez os Srs. Deputados consigam perceber esta junção. E aquilo que Os Verdes dizem é que na natureza, como no Parlamento, a riqueza está na diversidade.
Comecemos pelas florestas: começam hoje as comemorações internacionais do Ano Internacional da Floresta. Bem podemos fazer aqui muitas reflexões em torno dessa matéria, mas os anos internacionais serão aquilo que os poderes públicos entenderem. E convenhamos que o Ano Internacional da Biodiversidade não deu grandes frutos em Portugal no ano passado.
Teremos oportunidade de fazer o balanço do Ano Internacional da Floresta. Confrontamo-nos ainda com imensos problemas em Portugal em torno da floresta, mas sabemos que tem uma função ambiental valiosíssima de preservação e de valorização dos ecossistemas, de consolidação de solos e uma inegável relevância do ponto de vista social e económico.