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62 | I Série - Número: 062 | 11 de Março de 2011

» para substituir escolas que segregavam, escolas que condenavam ao abandono, ao insucesso e à exclusão social por modernos centros, por instituições ao serviço das famílias, das crianças, do País e do nosso futuro. Isso, sim, é conhecer o País! Será que os Srs. Deputados do BE já visitaram algum centro escolar, ou limitam-se a falar apenas com base em ideias feitas?

Aplausos do PS.

E que estranho ç ouvir o PSD falar dos falsos «recibos verdes«» É um pouco de despudor a mais! Então, o partido que foi responsável por um Código de Trabalho que, para identificar um falso «recibo verde», exige mais acções do que aquelas que, normalmente, consideramos necessárias para encontrar uma «agulha no palheiro» fala agora em falsos «recibos verdes»?! O partido dos contratos a termo orais fala agora em falsos «recibos verdes»?! É preciso um pouco de despudor!

Aplausos do PS.

Com este debate, o Bloco de Esquerda apenas quis dar mais um passo no caminho que escolheu: ser o campeão do ataque ao PS, na ânsia de guardar para si despojos de uma batalha onde quem perderia era Portugal, os portugueses e o Estado social.
Sim, quem perderia era o nosso Estado social, porque com o Governo do Partido Socialista os recursos afectos às políticas sociais cresceram em todos os anos, mesmo nos de mais dura e exigente crise orçamental. Dos 17% do PIB afectos às prestações sociais, ultrapassamos hoje os 20%, o que é um progresso significativo na promoção da coesão.
Ora, isto não é próprio de quem quer atacar o Estado social mas, sim, de quem está preocupado com a sua sustentabilidade e, também, com a sua eficácia!

Aplausos do PS.

O Bloco de Esquerda não pretendeu servir o País nem, muito menos, a esquerda, porque quem censura um governo tem de assumir que quer que esse governo caia, não está a fazer um exercício de retórica. Aliás, os apelos do Bloco de Esquerda às bancadas da direita, para que votem a favor desta moção de censura, provam que o Bloco de Esquerda quer que este Governo caia. Mas a queda do Governo serviria o País, serviria a esquerda? Não! A crise política só traria mais dificuldades aos portugueses, em particular aos que mais sofrem, e abriria, Srs. Deputados, as portas aos cantos de ilusão daqueles que dizem que basta sair o Estado de cena para que tudo corra pelo melhor, que basta libertar o País do Estado para que o futuro comece a brilhar! É essa porta que os senhores estão disponíveis para abrir.
O Bloco de Esquerda lançou esta censura não porque tenha uma solução para o País, mas apenas porque julga ganhar mais com esta abertura de portas a outros caminhos, a outras soluções que não interessam a Portugal e aos portugueses.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Se serviu para algo esta moção de censura, foi apenas para mostrar a irresponsabilidade de quem faz da política um exercício de sectarismo e de subordinação dos interesses nacionais às tácticas partidárias do curto prazo.
Fora outra a intenção do Bloco de Esquerda e poderíamos estar a debater seriamente como dar força a Portugal, como dar força à Europa, como responder à crise aqui e na Europa, como responder de forma coesa, de forma nacional àqueles que geraram esta crise, que serviram os interesses da desregulação e que, agora, querem ganhar no campo da especulação. Era isso que estaríamos a fazer, a dar uma resposta nacional, coesa, de todos nós a esses que estão na origem da crise.
Sr.as e Srs. Deputados, estamos sempre disponíveis para combater os que de tudo fazem um pretexto para atacar o Governo do Partido Socialista. Estaremos sempre presentes nesse combate, porque estamos aqui por vontade dos portugueses e nunca tivemos receio do julgamento das mulheres e dos homens do nosso País.