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63 | I Série - Número: 062 | 11 de Março de 2011

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Pela nossa parte, continuaremos a tudo fazer para cumprir os nossos compromissos de equilibrar as contas do Estado, não porque essa é a prioridade do Governo mas porque essa é, verdadeiramente, uma prioridade nacional. E quem não a ajuda a construir não entende qual é, efectivamente, o futuro do nosso País.
Continuaremos a tudo fazer para modernizar Portugal, na educação, na inovação, no respeito pela liberdade de todos os que querem viver no nosso País com tolerância e com diversidade de opções de vida, numa sociedade aberta, numa sociedade do nosso tempo.
Continuaremos a trabalhar para a modernização da economia, uma economia também ela aberta e competitiva, capaz de criar emprego da única forma em que este é sustentável e duradouro: com cidadãos educados, cultos e qualificados. Sabemos que este desafio — o desafio da competitividade — não nasceu hoje nem será vencido amanhã, por proclamações ideológicas vazias ou por retórica serôdia.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — É verdade!

O Sr. Ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento: — Continuaremos esse trabalho, porque sabemos que estamos a trabalhar para Portugal. Fá-lo-emos com determinação, com coragem, com esforço e com confiança, em Portugal e nos portugueses.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Também para intervir no encerramento da moção de censura, em nome do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Todos os objectivos desta moção de censura, excepto um — a sua aprovação —, estão plenamente realizados neste debate, de uma forma contundente, categórica e clara.

Risos do PS.

Começo precisamente por aí, pelo entusiasmo da bancada do Partido Socialista.
Vivemos um tempo de medo e um tempo de confusão, vivemos uma política de nevoeiro e de falta de alternativa. E se esta moção pretendia, como sempre anunciou, dizer ao País quem está a governar, para onde governa e como governa, hoje o País sabe qual é a resposta.
Por isso, não levará a mal, Sr. Primeiro-Ministro, que comece os meus comentários finais por uma apreciação dos argumentos de alguns dos seus apoiantes, os que ao centro e à direita — à direita, muito em especial — aqui vieram defender o Governo.
O CDS veio dizer que esta era uma moção de faz-de-conta. Mais rápido do que a própria sombra, Francisco de Assis repetiu: «É faz-de-conta»! No governo anterior, o CDS apresentou duas moções de censura, sabendo que nunca seriam aprovadas.
Uma delas, a última que apresentou, foi no dia 9 de Junho de 2009, seis dias antes do fim do prazo constitucional da Assembleia da República, quando já estavam convocadas eleições gerais. Se há moção de faz-de-conta, de certeza absoluta que é essa!

Vozes do BE: — Exactamente!

O Sr. Francisco Louçã (BE): — O Dr. Paulo Portas defendeu três posições sobre a moção de censura: começou por dizer, orgulhoso, que votava a favor de qualquer moção de censura que lhe pusessem à frente; a seguir veio dizer, prudente, que votaria favoravelmente qualquer moção de censura se estivesse de acordo com o texto — o que parece bastante razoável -; e, finalmente, veio dizer que votaria contra qualquer moção de censura que o Bloco de Esquerda apresentasse, mesmo sem conhecer o texto!

Vozes do PSD: — Não é verdade!