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66 | I Série - Número: 062 | 11 de Março de 2011

Dizia o líder parlamentar do Partido Socialista: «Assim se vê a essência do Bloco de Esquerda!» Com certeza! Com certeza! O que vimos é uma essência de combate, uma esquerda que está disponível para lutar pelos seus, pelos trabalhadores, e que não aceita o embuste gigantesco da distribuição dos sacrifícios. Não existe qualquer distribuição dos sacrifícios em Portugal e todos os portugueses lá fora, concordem connosco ou discordem de nós, bem sabem que é assim. O limite dos sacrifícios já foi ultrapassado! Há quem enriqueça como se não houvesse amanhã; há gestores públicos que determinam no seu salário prémios quando despedem trabalhadores; os bancos exigem a recapitalização apoiada pelo Estado, e a economia cruel é o resultado destas escolhas. E a nossa essência não é aceitar este vago discurso de apelo à união nacional, ao «todos os juntos». Não há todos juntos! Há hoje quem esteja a destruir a economia do País.
E a justiça e a democracia pela grande maioria só lhes pode fazer frente e só pode dizer que este País merece que haja justiça, que merece que não desistamos dele, que precisamos que haja democracia na economia, seriedade na política e responsabilidade nas escolhas! É isso, só isso e nada mais do que isso que vamos votar nesta moção de censura!!

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, terminámos o debate da moção de censura e, por isso, vamos passar à sua votação. Não faremos verificação do quórum, porque se trata de uma votação que exige maioria qualificada, que será feita por levantados e sentados, com o complemento da votação electrónica.
Vamos, então, proceder à votação da moção de censura n.º 2/XI (2.ª) — Em defesa das gerações sacrificadas (BE).

Submetida à votação, não obteve a maioria absoluta dos Deputados em efectividade de funções, tendo-se registado 88 votos contra (PS), 32 votos a favor (16 do BE, 13 do PCP e 2 de Os Verdes) e 97 abstenções (76 do PSD e 21 do CDS-PP).

O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Dá-me licença, Sr. Presidente?

O Sr. Presidente: — Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — Sr. Presidente, é para dizer que o sistema não aceitou o meu registo, portanto é para acrescentar mais um voto contra do Partido Socialista.

O Sr. Presidente: — Assim será feito, mas confirmaremos a sua declaração verbal com o registo electrónico.
Mais algum Sr. Deputado não conseguiu votar electronicamente?

O Sr. Manuel Mota (PS): — Sr. Presidente, também eu votei contra, mas não o pude fazer electronicamente.

O Sr. Presidente: — Muito bem. Fica registado.

O Sr. Bravo Nico (PS): — Sr. Presidente, comigo aconteceu exactamente o mesmo.

O Sr. Presidente: — Muito bem. Fica registado.

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Sr. Presidente, eu abstive-me, mas o sistema electrónico também não funcionou.

O Sr. Presidente: — Muito bem. Fica registado.