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53 | I Série - Número: 063 | 12 de Março de 2011

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado José Cesário.

O Sr. José Cesário (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Os acontecimentos metropolitanos de Tóquio, Londres ou Moscovo, das «Torres Gémeas», em Nova Iorque, da estação de Atocha, em Madrid, da Estação de Saint Michel, em Paris, do Taj Mahal, em Bombaim, ou os verificados em países como a Colômbia, Israel, Paquistão, Palestina, Turquia, entre muitos outros, foram acontecimentos trágicos que marcaram e continuam a marcar a história do mundo.
Trata-se de horrores que fizeram milhares de vítimas inocentes e indefesas, em resultado da inconsciência de todos os que não hesitam em pôr em causa os mais elementares direitos do homem para fazer vingar as suas causas, legítimas ou ilegítimas, através de métodos que repudiamos veementemente.
Trata-se de acontecimentos que foram transformando o mundo de forma radical, criando uma nova ordem internacional, assente em novos paradigmas e com novos desafios para todos os actores internacionais.
É com tristeza que verificamos que, com enorme frequência, os horrores do terrorismo em larga escala entram pelas nossas casas, num fenómeno sem fronteiras e com um largo recurso ao terror e à dor causada a milhares de inocentes.
O terrorismo internacional, assente no fundamentalismo dos seus autores, transformou-se num dos maiores factores de desequilíbrio da ordem internacional e na maior ameaça à paz, à segurança e à democracia.
Esta ameaça global aos valores das sociedades livres tornou-se um dos maiores flagelos dos tempos modernos, exigindo de todos nós uma postura de grande firmeza e capacidade de resistência.
O voto que hoje discutimos é, assim, uma boa oportunidade para prestarmos a nossa homenagem a todas as vítimas dos mais diversos actos de terror.
Desta forma, Sr.as e Srs. Deputados, o Grupo Parlamentar do PSD associa-se à celebração do Dia Europeu em Memória das Vítimas do Terrorismo.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Pisco.

O Sr. Paulo Pisco (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Podemos dizer, sem recear a força das palavras, que o terrorismo, seja qual for a sua origem, é um dos actos mais cobardes que um ser humano pode cometer contra os seus semelhantes.
Sendo actos de um reduzido punhado de indivíduos, nem por isso deixam de causar grande mal às nossas sociedades. É dramaticamente longa a lista de mortos, feridos e traumatizados vítimas dos extremismos, o que tem consequências muito negativas nas nossas sociedades, levando a que se fechem mais, a que as liberdades fiquem mais condicionadas e a que cresçam ódios e desconfiança entre povos.
Daí que seja da maior importância fazermos hoje, aqui, na Assembleia da República, a evocação do Dia Europeu em Memória das Vítimas do Terrorismo, instituído pelo Parlamento Europeu, precisamente na sequência dos bárbaros ataques de 11 de Março de 2004, em Madrid, que tiraram a vida a 190 pessoas e feriram mais de 1700 — um acto terrorista somado a muitos outros que a sociedade espanhola conheceu ao longo da sua história.
Que esses atentados tivessem sido cometidos por grupúsculos da Al-Qaeda, nuns casos, ou pela ETA, noutros, é indiferente, porque as feridas ficaram e não são fáceis de sarar. Ficarão sempre como actos absolutamente injustificáveis que apenas serviram para criar dor, sofrimento e devastação.
Pouco mais de um ano depois, em 7 de Julho de 2005, em Londres, mais de meia centena de cidadãos perdeu a vida e mais de 700 ficaram feridos. A mesma cidade onde, no passado, inocentes tiveram as suas vidas interrompidas. E o contexto repete-se. Seja com a marca da Al-Qaeda ou dos comandos do IRA, foram actos inaceitáveis que só deixaram dor e angústia, e com efeitos que se prolongam no tempo

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