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41 | I Série - Número: 066 | 19 de Março de 2011

Com o que ficamos? Com a dependência eterna dos mercados financeiros, que nos aplicam aquelas «magníficas» taxas de juro e que «esfregam as mãos de contentes» cada vez que o Governo do Partido Socialista abre a boca.

Aplausos de Os Verdes e do PCP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Srs. Deputados, a vítima de uma crise política é o País. Não é o Governo, não sou eu, é o País!

Vozes do PSD: — Ah!»

O Sr. Primeiro-Ministro: — Todos os que têm consciência da situação sabem que estou a dizer exactamente o que a maior parte das pessoas responsáveis pensa. A primeira vítima é a economia portuguesa, são os portugueses.
Abrir uma crise política neste momento é entregar Portugal nos braços da ajuda externa, é impor uma agenda do FMI para o nosso País. E essa agenda terá como consequência, em primeiro lugar, uma diminuição dos depósitos nos bancos, uma diminuição de financiamento ao nosso sistema financeiro, uma diminuição da capacidade de financiamento da nossa economia. São consequências muito negativas para a nossa economia e também para os portugueses.
A Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia finge que não sabe,»

A Sr.ª Heloísa Apolónia (OS Verdes): — Não finjo nada!

O Sr. Primeiro-Ministro: — » mas nós comprometemo-nos, no PEC anterior, a atingir o défice de 4,6% em 2012; depois alterámos esse objectivo, dizendo que esse objectivo de 4,6% seria já para 2011, que em 2012 o défice seria de 3% e de 2% para 2013.
Sr.ª Deputada finge que não sabe, mas sabe!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Não, não finjo nada!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sabe tão bem que pretende esconder isso, como se pudéssemos passar de um défice de 4,6% para 3% sem qualquer medida, e depois diz que apresentamos mais medidas.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Se o País gerasse riqueza!»

O Sr. Primeiro-Ministro: — A Sr.ª Deputada é incapaz de dizer como é que o País se pode comprometer internacionalmente com uma redução do défice de 4,6% para 3% sem medidas adicionais.
Finalmente, Sr.ª Deputada, desculpará, mas talvez seja o momento para lembrar que, no nosso debate político, devíamos ter mais argumentos e menos insultos. Com isso, faria um favor à democracia, ao Parlamento e também a si própria.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, está assim encerrado o debate quinzenal com o Primeiro-Ministro.
Vamos dar um tempo ao Sr. Primeiro-Ministro e ao Governo para nos deixarem e prosseguiremos os nossos trabalhos com as votações regimentais de hoje.

Pausa.

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