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16 | I Série - Número: 067 | 24 de Março de 2011

Os senhores estão aqui a criticar as medidas que o Governo está a propor, exigindo sacrifícios aos portugueses — é verdade! — , mas os senhores estão a esconder aquilo que vos vai na mente, aquilo que pretendem fazer!

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Esse discurso mete dó!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Sr. Deputado, repito: falar verdade é dizer tudo, não é esconder, não é evitar dizer!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É cumprir os objectivos!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — No momento em que nos confrontamos com decisões que são importantíssimas para o futuro do País, os senhores vêm aqui discutir questões de procedimento»

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Essa vinha preparada! Mas nós não falámos disso hoje!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — » e não se centram, de forma alguma, não querem saber daquilo que, de facto, são as questões essenciais deste País. Sim ou não e quais os sacrifícios que são necessários?! Quanto a isto, o PSD só diz: «Nós não queremos mais estas medidas, nós entendemos que não há mais medidas». Têm medo, não arriscam dar a cara pelas políticas e assumir essa responsabilidade!

Aplausos do PS.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Essa afirmação é o espelho do estado a que chegou o Governo!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Sr. Deputado Luís Montenegro, estou com a minha consciência perfeitamente tranquila quanto a esta matéria.

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Isso é que é estranho e preocupante!

O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Sempre sugeri e propus as medidas que, no meu entender, são necessárias. Sempre dei a cara por elas e estou em condições de responder por elas aos portugueses, os senhores talvez não.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para formular as suas perguntas, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco de Assis.

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Sr. Presidente, Sr. Ministro de Estado e das Finanças, hoje é um dia especial na vida deste Parlamento, é um desses dias em que somos, de forma mais profunda, confrontados com as nossas responsabilidades, e o Governo e o Grupo Parlamentar do PS assumem plenamente as suas — aliás, o discurso que o Sr. Ministro acabou de proferir vai claramente nesse sentido. Com uma clareza absoluta, indicou as razões pelas quais foi necessário apresentar, naquele momento, daquela forma e com aquele conteúdo, o Programa de Estabilidade e Crescimento, que agora está em apreciação aqui, na Assembleia da República.
Perante uma gravíssima crise internacional, perante uma situação difícil do País, o Governo não hesita em tomar as medidas que se impõem como necessárias, por mais difíceis, por mais potencialmente impopulares que sejam, porque essa é a obrigação de quem governa um País! Várias vezes aqui dissemos que um Governo não escolhe as circunstâncias em que governa, mas um Governo tem a obrigação de estar à altura de responder às circunstâncias em que governa. E este Governo tem estado à altura das circunstâncias em que governa, por mais penosas e por mais difíceis que sejam!

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