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73 | I Série - Número: 067 | 24 de Março de 2011

«Prometi a mim própria que não vinha aqui falar de politiquices e, como tal, não trago nenhuma medida nem nenhuma proposta em concreto»«!

Aplausos do PS.

Para o PSD, pelos vistos, a «alta política» é o domínio da abstracção e do vazio, em que tudo é possível e em que todos, verdadeiramente, aí sim, podem ser enganados. Mas nós não! Nós trouxemos propostas concretas, e era obrigação de um partido como o PSD trazer também aqui propostas concretas, vir dizer: «Nós concordamos com isto», «nós divergimos naquilo», «nós propomos uma alternativa noutro domínio», «nós entendemos que, de facto, no domínio social é preciso ter mais cuidado», apesar de, ainda recentemente, o líder do vosso partido ter afirmado publicamente que é preciso mexer no regime de pensões.
Poderiam dizer que, em matéria de funcionalismo público, é preciso também ter um pouco mais de cuidado, apesar de, na tal carta em inglês, terem dito que a vossa vontade é enfrentar os funcionários públicos. Poderiam ter dito isto, mas nada disseram!! O que fica verdadeiramente da participação do PSD neste debate, numa hora tão decisiva da nossa vida nacional, é a ausência absoluta de projectos, é a ausência absoluta de medidas, é a ausência absoluta de ideias. Os senhores podem ter muita ambição, mas uma ambição política que não se enraíza em ideias, em propostas e em medidas é, também ela, uma ambição demagógica e profundamente irresponsável.

Aplausos do PS.

O CDS adoptou outra postura e é verdade que, ao longo dos tempos, também adoptou outro comportamento, na forma como se foi permanentemente diferenciando das nossas posições. Ficará com as suas, nós ficaremos com as nossas.
Sr.as e Srs. Deputados, a terminar, quero dizer uma coisa a esta Câmara: os senhores podem, dentro de instantes, irresponsavelmente, votar no sentido de provocar a queda do Governo, mas os senhores não vão derrubar o PS! Os senhores não vão enfraquecer a nossa vontade!

Aplausos do PS, de pé.

Os senhores não vão afastar-nos do nosso rumo! Os senhores podem até procurar pôr-nos fora do exercício do poder político, mas não nos retiram o mais imprescindível dos poderes em política, que é o poder da dignidade, o poder de quem toma as decisões que têm de ser tomadas, o poder de quem corre todos os riscos, sempre em nome dos interesses de Portugal! Sr. Presidente, não quero deixar de fazer uma referência ao Sr. Primeiro-Ministro. Nenhum político foi tão atacado como ele, ao longo dos últimos anos, na história da nossa vida democrática!

Vozes do PSD: — Ohhh»!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — À esquerda, porque há uma certa esquerda que não gosta dos homens de esquerda que ganham eleições,»

Aplausos do PS.

Protestos do BE.

» e á direita, porque há uma certa direita orgànica neste País que gosta dos socialistas como «ornamentos», mas que não gosta de os ver como primeiros-ministros e, por isso, nunca gostou e nunca perdoou ao Eng.º José Sócrates a circunstância de ele ser Primeiro-Ministro de Portugal.
A terminar, quero dizer que tenho pessoalmente, tal como o meu Grupo Parlamentar, um enorme orgulho em desenvolver actividade política e parlamentar neste período tão especial da nossa história contemporânea,

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