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28 | I Série - Número: 069 | 26 de Março de 2011

De resto, a visão do PCP sobre a Europa voltou 30 anos atrás. Num passado recente, o PCP já teve visões mais equilibradas sobre o processo de construção europeia. Agora, voltou à «cassete» da Europa vista meramente como o produto da maquinação do grande capital.

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — E das grandes potências, já agora!

O Sr. Miguel Freitas (PS): — Só encontro, neste discurso do PCP, um exercício de negação levado ao extremo: de negação do processo de globalização; de negação da existência de mercados; de negação da União Europeia e do euro; de negação da necessidade de ajustamento estrutural e de modernização da nossa economia; de negação da necessidade de termos empresas com dimensão, capazes de vencer os desafios da internacionalização.

O Sr. Horácio Antunes (PS): — Muito bem!

O Sr. Miguel Freitas (PS): — E é este estado de negação permanente que justifica também a posição do PCP nesta crise política.
O PCP vê o País entalado entre duas cruzes, a do PEC ou a do FMI, não sabendo qual delas é a mais pesada. Pode ser que descubra as diferenças mais cedo do que espera, porque é isso mesmo por que espera o PCP para poder voltar à rua. Agora, contra a entrada do FMI, o mesmo a quem, de «mãos dadas» com o resto da oposição, abriu a porta!

Aplausos do PS.

Que este registo fique para memória futura. Não deixaremos de lembrar a vossa responsabilidade!

Aplausos do PS.

O Sr. Bernardino Soares: — Estamos aqui cheios de medo!

Entretanto, assumiu a presidência a Sr.ª Presidente Teresa Caeiro.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Altino Bessa.

O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — Sr. ª Presidente, Sr. Deputado Miguel Freitas, trouxe-nos um discurso eminentemente político. Trouxe-nos um discurso em que diz que o País espera e que o Governo não pode governar, trouxe-nos aqui um discurso acusando toda a oposição de ser responsável pela situação política actual.
Ao contrário disso, o Sr. Secretário de Estado pediu contributos das várias bancadas relativamente à matéria da produção nacional e o contributo do Sr. Deputado Miguel Freitas foi falar da Líbia. Grande contributo que o Sr. Deputado Miguel Freitas trouxe aqui, a este Hemiciclo!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Deputado Miguel Freitas veio aqui defender a economia. O Sr. Deputado Miguel Freitas veio aqui responsabilizar toda a oposição e dizer que ficaria para memória futura lembrar a nossa responsabilidade.
Porém, não posso deixar passar em claro a vossa responsabilidade, aquilo que este Governo fez ao longo destes últimos anos quanto à defesa da economia.
Defender a economia é, por exemplo, arrendar um edifício chamado Campus de Justiça — pasmem-se, senhores! — por 1,028 milhões de euros por mês. E só agora temos uma resposta sobre isto, passado quase um ano e depois de ter sido pedida quatro vezes! Isto é que é a defesa da economia do Partido Socialista!

Aplausos do CDS-PP.

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