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30 | I Série - Número: 073 | 21 de Abril de 2011

O mesmo aconteceu, aliás, com a alta velocidade, que também não começou em 2005. VV. Ex.as assinaram um protocolo com o Governo espanhol, em que defendiam a existência de cinco linhas de alta velocidade ferroviária.

O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — Bem lembrado!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Era uma mão cheia!

O Sr. Mota Andrade (PS): — Ora, fruto das dificuldades económicas, o aeroporto ainda não está em obra e também ainda não há obra na alta velocidade. O Governo do Partido Socialista, no que concerne à alta velocidade, disse, aliás, desde logo, que tal não era possível e ficou-se por duas linhas — duas! — de alta velocidade ferroviária.
Sobre essas obras, a do aeroporto e a da alta velocidade, obviamente que será o próximo Governo que decidirá, mas espero que todos os partidos tenham uma posição muito clara sobre a matéria.
Em todo o caso, deixe-me dizer-lhe que as obras não se esgotam na alta velocidade e no aeroporto.
Lembro-lhe também as obras rodoviárias e, ainda, por exemplo, algo que ainda há pouco aqui foi falado na área da saúde, como é o caso dos hospitais.
Quando VV. Ex.as dizem, de forma demagógica e até um pouco inconsciente, que é preciso renegociar e suspender essas obras, pergunto se VV. Ex.as têm em conta o custo que isso acarreta e quais as obras que querem suspender — essa é que é a questão, nomeadamente no período que se aproxima. Quererão suspender a construção do hospital da Guarda, do hospital de Lamego e do hospital de Amarante?

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — TGV e novo aeroporto! Não ouviu! Estava distraído!

O Sr. Mota Andrade (PS): — Espero que isso venha, de forma clara, no vosso programa.
Sr. Deputado Pedro Mota Soares, quero dizer-lhe o seguinte: renegociar e o suspender obras tem custos enormes, desde logo em termos de desemprego. Isso aumentaria, e de que forma, o desemprego, porque essas obras, hoje, ocupam milhares de portugueses. Mas isso também teria custos enormes em termos do imobilizado que passaria a existir, ao nível do equipamento, e em termos financeiros. Diz-se que é preciso renegociar as obras, obviamente pelas dificuldades que atravessamos, pela enorme crise financeira e económica que o mundo, hoje, atravessa, mas os spreads dessas obras, em termos de custos financeiros, disparariam. Portanto, Sr. Deputado, é bom sabermos do que estamos a falar quando fazemos promessas demagógicas, como ainda ontem ouvi fazer o líder do seu partido.

O Sr. Ramos Preto (PS): — É preciso fazer contas!

O Sr. Mota Andrade (PS): — Por último, queria aqui deixar uma pergunta — o PSD não se pronunciou — no sentido de saber se o PSD colabora com o CDS na suspensão das obras e quais são as obras que o PSD quer suspender. Será que é o túnel do Marão ou a auto-estrada transmontana? Quais são as obras que o PSD considera necessário suspender?

O Sr. Ramos Preto (PS): — Bem lembrado!

O Sr. Mota Andrade (PS): — Isso tem de ficar claro! Têm de explicar, durante a campanha eleitoral, quais são as obras que querem parar e os custos que isso acarretará para o futuro.
O mesmo se diga, Sr. Presidente — e termino — , sobre as SCUT. É que, no mínimo, é infame terem um discurso a dizer que são a favor de portajar todas as auto-estradas e, depois, no terreno, com os dirigentes políticos locais, com os presidentes de câmara, como acontece, por exemplo, na capital de distrito, em Bragança, ou em Macedo de Cavaleiros, fazerem petições a exigir o não pagamento de portagens,… O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Nisso até se parecem com o PS!

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