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10 | I Série - Número: 073 | 21 de Abril de 2011

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Não tivesse o cartão da administração criminosa do BPN um plafond de crédito ilimitado e o País não estaria hoje confrontado com um «buraco» que serve de álibi para cortar salários, abonos de família e prestações sociais. Mas a direita é mesmo assim: suspeita dos pobres, lança sobre eles o estigma da aldrabice, ao mesmo tempo que é complacente com a aldrabice de milhões dos grandes e dos poderosos.

O Sr. José Gusmão (BE): — Exactamente!

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Não nos enganemos, portanto. Nunca, como nestas eleições, que colocam em causa os limites da representatividade política do voto e da soberania popular sobre o destino colectivo do País, os dois maiores partidos vão discutir tanto o acessório para esconderem o melhor que puderem e conseguirem o essencial: o programa de ambos é o programa do FMI. Na versão a conta-gotas do PS ou na mais eufórica da direita, a resignação perante o empobrecimento colectivo do País e o reforço da desigualdade social é tudo o que nos apresentam.
Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Nenhuma economia consegue sobreviver com juros de 10% no imediato nem com juros de 6% durante muito tempo. Com ajudas destas não precisamos de quem nos queira prejudicar.
No entanto, não tinha de ser assim. O financiamento imediato podia ter sido contraído no empréstimo intercalar junto do Banco Central Europeu. Mas, mais que tudo, importa assumir agora, já, que só uma renegociação justa de prazos, de juros e de montantes devolverá justiça e verdade a uma dívida cujos contornos, ingredientes e responsáveis precisamos de identificar com rigor através de uma auditoria que é imprescindível.

O Sr. José Gusmão (BE): — Exactamente!

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — É a transparência e, por isso, é a democracia que o exige.
Há, pois, uma alternativa que vai a votos, apresenta propostas e não desiste de mudar de futuro. É em nome dessa alternativa que o Bloco de Esquerda se bate, aqui, na Assembleia da República, e lá fora.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro, Sr.as e Srs. Deputados: o País vive tempos difíceis, de inúmeras dificuldades e desafios complexos. Os portugueses, hoje, estão inseguros.
Os jovens estão inseguros quanto a terem, ou não, trabalho; as famílias estão inseguras quanto a poderem, ou não, pagar a renda ou a prestação da casa pela qual lutaram uma vida inteira; os empresários e os trabalhadores estão inseguros quantos aos seus projectos e aos seus postos de trabalho.
Neste tempo de inseguranças, dar esperança e segurança, mais do que um objectivo, é um imperativo ético de um Estado que assim queira continuar a ser como tal.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Foi neste tempo que o País se viu confrontado com a notícia, ainda não desmentida, de que o Governo retém o IRS que é entregue pelos homens e mulheres das forças de segurança ao Estado para fazer face a dificuldades de tesouraria urgentes dessas forças de segurança.
Isto, Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, é inadmissível! É inadmissível fazer à polícia e aos polícias aquilo que se fosse um empresário de uma pequena ou média empresa a fazer, para salvar a sua empresas e os postos de trabalho da mesma, teria justamente a polícia à porta de sua casa, por ter cometido um crime.

Aplausos do CDS-PP.

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