1 DE JULHO DE 2011
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os recursos necessários nas mãos de quem tem as melhores ideias, as iniciativas mais felizes e as
oportunidades mais promissoras de investimento.
Ao mesmo tempo sabemos que um sistema financeiro sólido assenta necessariamente em instituições
políticas e sociais adequadas, num quadro institucional pensado com inteligência e com sensibilidade para a
história e a cultura do nosso País.
Portugal entrou num período de crise económica e financeira gravemente fragilizado por um sistema de
justiça que não consegue gerar confiança. Ora, essa confiança é indispensável para que os agentes
económicos se orientem nas suas decisões por critérios objectivos de mérito e de criatividade.
O Governo tem o firme propósito de reformar a arquitectura e os procedimentos do sistema de justiça, de
modo a garantir que os direitos sejam exercidos e os contratos cumpridos com celeridade, eficácia e
transparência. A degradação da confiança na justiça provoca incontáveis problemas sociais, como a paralisia
da actividade económica, a erosão da cooperação social e a utilização de recursos e instituições públicas para
a prossecução de interesses privados.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Com vista a corrigi-los, o Programa do Governo propõe a gestão do sistema
judicial em função de objectivos quantificados, círculo a círculo, comarca a comarca e sector a sector,
avaliando com regularidade o seu grau de concretização.
Queremos desenvolver a justiça arbitral e criar uma bolsa de juízes de reacção rápida para atrasos
crónicos.
Risos do PS e do PCP.
É imperativo alcançar resultados na simplificação processual. É urgente agilizar a actual lei dos processos
de insolvência e atacar a explosão de casos pendentes, o que contribuirá para a recuperação económica na
medida em que libertará recursos preciosos retidos nos trâmites do processo judicial.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Sr.ª Presidente da Assembleia da República, Sr.as
e Srs. Deputados: O Programa do Governo deixa bem
clara a nossa adesão a uma sociedade aberta e representativa, a uma sociedade onde o sistema político
segue as legítimas aspirações de quem, numa democracia, detém a última palavra. Uma sociedade aberta e
democrática é também uma sociedade onde a economia sabe representar as aspirações de quem trabalha, de
quem investe, de quem faz planos para a sua vida. É preciso associar a democracia representativa a uma
economia também ela representativa, onde todos se sintam livres para agir e escolher, e onde cada um pode
colher os frutos das suas actividades.
É numa economia representativa que é acolhida a aspiração, que todos partilhamos, a viver melhor, a
aprender, a inovar, a preparar para os nossos filhos uma vida mais próspera, num País mais dinâmico e numa
sociedade mais justa.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Programa do XIX Governo Constitucional é hoje apresentado aqui, na Assembleia da República, a sede
institucional por excelência do escrutínio e da responsabilização da actividade governativa, do debate
democrático com a Oposição e da abertura à pluralidade de opiniões políticas da sociedade. Em obediência ao
mais solene respeito pelas instituições democráticas e pelos órgãos de soberania da República portuguesa,
cabe-me, pois, reafirmar o pacto que quero estabelecer com os portugueses e que se estende à Assembleia
da República e aos partidos nela representados.
Portugal precisa que, entre Oposição e Governo, e no respeito pelas divergências políticas que não podem
nem devem ser eliminadas do debate público livre, se gere uma relação de confiança, de responsabilidade e
de abertura. Ao falar perante esta Assembleia não posso deixar de notar que uma amplíssima maioria dos
Resultados do mesmo Diário
e que estão em conformidade com o Memorando de Entendimento acordado com a União Europeia e com o Fundo Monetário
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partidos que subscreveram o Memorando de Entendimento firmado com a União Europeia e com o Fundo
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, com atenção particular ao Partido Socialista, que, enquanto governo, subscreveu um Memorando de Entendimento
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, que trouxe à evidência que o perímetro de apoio ao Memorando de Entendimento celebrado
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que poderemos enfrentar nos próximos seis meses para o resultado dos 5,9% que constam do memorando
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que era previsível: a que consta do Memorando de Entendimento subscrito com a tróica. As medidas previstas
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de ser em muitas áreas copy/paste do Memorando de Entendimento da tróica, não está referida
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de fora o cumprimento do que consta do Memorando de Entendimento. O facto de não haver uma repetição exaustiva
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no Memorando de Entendimento e obrigará também os portugueses à austeridade adicional.
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. O que está no compromisso do Memorando de Entendimento será cumprido por nós e, neste particular, resulta de um acordo
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que Portugal assinou um memorando de entendimento com as instituições europeias. É um memorando
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das medidas inscritas no Memorando de Entendimento mas também no compromisso de ir além do exigido
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no Memorando de Entendimento, que foi subscrito por 85% da representação parlamentar desta Câmara
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