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I SÉRIE — NÚMERO 39

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Risos do PSD.

Essa citação, Sr. Ministro, usou-a mal, porque ela aplica-se a si. O que o Sr. Ministro está a fazer aqui é a

repetir a tragédia histórica de sobrecarregar e destruir a economia em nome de um pretenso crescimento que

surgirá miraculosamente. O Sr. Ministro, tal como os senhores que estão do meu lado direito, também têm os

seus «amanhãs que cantam», mas eles não vão cantar, Sr. Ministro, e quem vai sofrer são todos os

portugueses!

Aplausos do PS.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Vai daí, votam abstenção!

A Sr.ª Presidente — Dou agora a palavra ao Sr. Deputado Duarte Pacheco.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados, em

primeiro lugar, quero saudar o Sr. Ministro das Finanças pela coragem com que apresentou este Orçamento

ao País e, também, pelo espírito construtivo que aqui demonstrou face ao Partido Socialista e ao espírito

responsável aqui evidenciado pelo seu líder.

Porém, como o Sr. Ministro já se apercebeu, a responsabilidade do líder do Partido Socialista não coincide

a 100% com as intervenções que vêm da bancada do Partido Socialista.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Sr. Ministro, o Partido Socialista é um partido responsável que se comprometeu com o País quando

subscreveu o Memorando da tróica, o qual estabelece limites quantitativos para o valor do défice e para a

percentagem do PIB, limites, esses, que forçam, para que o défice pretendido seja alcançado no próximo ano,

a dois terços de cortes na despesa. Acabámos de ouvir uma crítica directa aos cortes na despesa. Os

Deputados do Partido Socialista têm que se entender em «lá, em casa», antes de intervirem aqui

publicamente, para os portugueses, para o País!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do Deputado do PS Pedro Nuno Santos.

Mas, Sr. Ministro, se esteve atento a todo o debate, terá reparado que já foram aqui evidenciadas mais

inconsistências.

A segunda linha de argumentação do Partido Socialista é a de que há folga neste Orçamento, há uma folga

que pode ser utilizada para bem dos portugueses e que só as pessoas de mau coração, as que estão na

bancada do Governo, é que não querem utilizar essa folga.

Mas, ao mesmo tempo, o Partido Socialista diz, como sucedeu em intervenções aqui feitas hoje, «cuidado

que as receitas não vão ficar como estão previstas no Orçamento, vão ficar abaixo, porque a recessão é

grande».

Entendam-se, de novo! Têm que perceber se as receitas vão ficar abaixo do previsto ou se há alguma folga

que até pode distribuir mais pão aos pobres!

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — A terceira crítica que é feita é a de que este Orçamento, ao contrário dos

anteriores, não tem justiça social.

O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Isso é que é uma grande verdade!

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