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I SÉRIE — NÚMERO 39

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Partido Socialista, nos últimos seis anos, a fazer contas orçamentais, nos deixa na dúvida sobre a capacidade

do Partido Socialista de identificar esta folga.

Vozes do CDS-PP: — Como é evidente!

O Sr. Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP): — Porque se esta folga existe, então, temos, pela primeira vez

em seis anos, o Partido Socialista a acertar nas contas orçamentais do País.

Risos e aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PS.

É que não nos podemos esquecer de que, primeiro, a crise não existia; depois, a crise existia, mas não nos

tocava.

Vozes do CDS-PP: — Exactamente!

O Sr. Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP): — Depois, a crise tocava-nos, mas tocar-nos-ia, apenas, ao de

leve; depois, saímos da crise; depois, reingressámos na crise; depois, para sairmos da crise, era mais

endividamento e mais despesa. E, depois, tiveram que assinar um memorando, que diz: «acabe-se o

endividamento e acabe-se com a despesa pública». Esta é a folga que o Partido Socialista deixou no País!

Vozes do PSD e do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP): — Depois, temos a acusação de submissão aos mercados. A

necessidade de agradar aos mercados e aos investidores acontece porque o País se endividou «até ao

tutano»! Um País com as contas em ordem não depende dos mercados.

Vozes do CDS-PP: — Claro!

O Sr. Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP): — E é por isso, Sr. Ministro, que lhe pergunto se o caminho mais

rápido, mais rigoroso e mais sustentado para ganharmos a nossa soberania e também a nossa força

relativamente aos mercados, não passa, precisamente, por termos as contas em ordem.

Depois, fomos acusados de ignorarmos o crescimento económico. É verdade! O Partido Socialista, com o

seu recorde de crescimento económico, considera que pode vir aqui dizer que este Governo ignora o

crescimento económico!

Vozes do PSD e do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP): — Mas vamos pôr de parte os resultados a que chegaram as

vossas políticas, deixando a pergunta seguinte: se as vossas políticas são assim tão boas, por que é que

chegámos aqui?! Se o vosso modelo é assim tão bom, por que é que chegámos aqui?! Com mais estradas,

mais aeroportos, mais pontes, mais energias renováveis, por que é que chegámos até aqui?!

Protestos do Deputado do PS Paulo Campos.

O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Portugal, Espanha, França, Itália… Querem mais? Quantos querem?

O Sr. Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP): — Bom, podemos ter divergências ideológicas, mas há uma

coisa que é imune às divergências ideológicas: é que o resultado das vossas políticas está à vista e foi ele que

nos trouxe até aqui.

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