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11 DE NOVEMBRO DE 2011

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E tinha, sim, outras soluções. Lembro-lhe apenas as rendas das parecerias público-privadas, que serão de

mais de 1000 milhões de euros em 2012. Lembro-lhe também os benefícios fiscais às grandes empresas, que

serão de quase 2000 milhões de euros em 2012.

Portanto, Sr.ª Deputada, a pergunta que lhe faço é se, sim ou não, perante estes números e estes

elementos, havia outras escolhas e outras opções.

Diga ainda a esta Câmara, Sr.ª Deputada, quem é que vive acima das suas possibilidades: os

trabalhadores da função pública ou os grupos financeiros? Os pensionistas ou os grupos económicos? Os

trabalhadores ou a alta finança?

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Nilza de Sena, os portugueses não

vivem da sua fé inabalável neste Governo e neste Orçamento do Estado. E a verdade que a devia fazer

pensar ao falar neste debate é que não há ninguém no País que consiga dizer que este Orçamento do Estado

é justo na repartição dos sacrifícios que pede —…

Aplausos do PS.

… nem o Sr. Presidente da República, nem os parceiros sociais… Aliás, nem sequer há unanimidade no

seio do PSD quanto a essa matéria, havendo altos responsáveis do seu partido que vêm dizer que não há

equidade neste Orçamento.

E não há qualquer coragem, Sr.ª Deputada, em sobrecarregar sempre os mesmos, como dizia o Sr.

Primeiro-Ministro, antes de ganhar as eleições.

Vozes do PS: — Bem lembrado!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — A Sr.ª Deputada também disse que os sacrifícios deveriam ter sido

pedidos mais cedo e que, se o tivessem sido, a realidade seria bem diferente. Sei que, em 2009, 2010 e 2011,

a senhora não era Deputada, mas a verdade é que, quando o anterior governo falava em consolidação

orçamental, o PSD falava em mais despesa e em mais apoios.

Aplausos do PS.

É completamente verdade! E qualquer um pode ler as Actas e verificá-lo pelas discussões tidas neste

Parlamento.

Protestos do Deputado do PSD Luís Montenegro.

E sabe, Sr.ª Deputada, porque é que os Srs. Deputados «chumbaram» o PEC 4? Porque, diziam, os

sacrifícios eram excessivos e eram sobre os mesmos!

Aplausos do PS.

Protestos do PSD.

Sr.ª Deputada, a questão é simples e só não vê quem não quiser ver: como é que se pode falar em

equidade quando um pensionista com 1000 €/mês vê cortados dois subsídios e um trabalhador do privado que

ganhe 1000 €, 5000 € ou 10 000 €/mês não vê esses subsídios cortados?!

O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — É a equidade!…

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