O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

12 DE NOVEMBRO DE 2011

45

O Ministro da Economia é a prova de que o Governo não quer mais competitividade; quer apenas mais

exploração dos trabalhadores e a destruição de milhares de pequenas e médias empresas! É a política dos

«Chicago boys» à portuguesa.

Aplausos do PCP.

PSD e CDS já abandonaram os seus discursos em defesa dos contribuintes, das pequenas e médias

empresas. Tudo isso já é passado.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Onde é que isso já vai!…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Quanto ao PS, em abono da verdade, deve dizer-se que a sua

posição tem coerência e que até talvez tivesse ainda mais coerência o voto a favor. É porque o PS é o

primeiro subscritor do pacto de agressão e, naturalmente, não pode enjeitar a política incluída neste

Orçamento.

E não vale a pena o PS, procurando disfarçar a sua completa submissão à política de direita, vir, mais uma

vez, com a estafada conversa de que o problema foi ter sido chumbado o PEC 4. Mas, então, se o PEC 4

propunha a privatização das empresas públicas (dos Correios, da CP, da ANA, da Caixa Geral de Depósitos),

o congelamento do salário mínimo e das pensões e reformas, um corte na saúde e nas prestações sociais, o

encerramento de escolas, o aumento de impostos sobre o trabalho, o aumento do IVA sobre os bens

essenciais, o corte no subsídio de desemprego, entre tantas outras medidas profundamente negativas, quem é

que devia aprová-lo? O PCP ou a direita, que aprovou o PEC 1, o PEC 2, o PEC 3, o Orçamento para 2010 e

o Orçamento para 2011…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Ora aí está!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — … e que só por hipocrisia e cálculo político não aprovou o PEC 4?!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Ora aí está!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Quanto ao Ministro das Finanças, vendo esboroar-se o cenário

macroeconómico e minguar o pilar das exportações que o sustentava, repetiu o resto da receita habitual. «É

preciso atrair investimento externo», diz, mas os portugueses já perceberam que tipo de investimento externo

é que o Ministro das Finanças quer.

Se fosse investimento trazendo desenvolvimento, inovação tecnológica e incorporação de produção

nacional, certamente, poderia dar um contributo positivo à nossa economia, mas, na realidade, é, como

sempre, investimento «parasita», que vem aproveitar as privatizações em saldo e comprar empresas com

posições monopolistas ou com mercados garantidos, levando para fora a riqueza e não deixando nada, em

troca, no País.

Deve ter sido por isso que o Ministro das Finanças não respondeu às perguntas sobre o que se está a

preparar, no segredo dos gabinetes e nas consultoras principescamente pagas, para as privatizações

anunciadas, e desde logo a do sector segurador da Caixa Geral de Depósitos.

Ontem, o Sr. Ministro das Finanças ensaiou ainda uma manobra supostamente intimidatória, dizendo que

nós, PCP, prejudicamos o País, ao atacar o pacto de agressão. Desengane-se, Sr. Ministro das Finanças, vai

ter sempre a nossa denúncia e o nosso combate!

Aplausos do PCP.

Não somos nós que pomos em perigo o Programa; é o Programa que não é viável e que, pior do que isso,

trará consigo a destruição nacional nos planos económico e social! O problema não é estarmos contra o pacto;

o problema é o pacto estar contra o País, o problema é o pacto estar contra os portugueses!

Páginas Relacionadas
Página 0047:
12 DE NOVEMBRO DE 2011 47 Este pacto de agressão é, por isso, ao mesmo tempo, inace
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 40 48 É um Orçamento em que aqueles que são os mais
Pág.Página 48
Página 0049:
12 DE NOVEMBRO DE 2011 49 externo. Por isso, o que dizemos é que queremos sair dest
Pág.Página 49
Página 0050:
I SÉRIE — NÚMERO 40 50 Protestos do PCP. E ainda digo m
Pág.Página 50
Página 0051:
12 DE NOVEMBRO DE 2011 51 O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Disse V. Ex.ª: «Es
Pág.Página 51