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I SÉRIE — NÚMERO 88

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fizeram são da sua única e exclusiva responsabilidade. Não é verdade! O Estado tem responsabilidade na

transmissão dessa informação.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Bolsas de estudo! Muitas bolsas é que é preciso!

O Sr. Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP): — Termino já, Sr. Presidente, dizendo apenas aos Srs.

Deputados do Partido Socialista que esta informação traz sempre rankings. É uma ilusão pensar que os

alunos candidatos ao ensino superior não hierarquizam as suas prioridades. Mas em que mundo é que

vivemos?! Quem é o aluno que, quando quer concorrer ao ensino superior, não escolhe, não prioriza, não

hierarquiza?!

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Sr. Deputado, tem mesmo de concluir.

O Sr. Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP): — Pensar que existem alunos que não estabelecem rankings e

não fazem escolhas, porque, para eles, tudo é igual, é viver num mundo de fantasia onde não vivemos.

Infelizmente, os jovens, hoje, não têm hipóteses para ter segundas oportunidades.

Agradeço a sua tolerância, Sr. Presidente.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Srs. Deputados, uma vez que ainda não chegámos à hora

regimental de votações, proponho que finalizemos a ordem de trabalhos, visto que temos ainda para apreciar

uma petição.

Pausa.

Como não há objeções, vamos, então, apreciar a petição n.º 65/XII (1.ª) — Apresentada por CGTP —

Intersindical Nacional e outros, manifestando-se à Assembleia da República contra as privatizações no setor

empresarial do Estado e o ataque à Administração Pública central e local.

Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Quis o capricho dos agendamentos

que hoje debatêssemos uma petição em que um dos subscritores é a CGTP, acompanhada da Comissão

Coordenadora das Comissões de Trabalhadores da Região de Lisboa e do Movimento de Utentes dos

Serviços Públicos.

Trata-se de uma petição da maior atualidade, porque se refere a um dos aspetos mais graves do pacto de

agressão, que é o programa de privatizações, aliás, continuando aquele que já estava estabelecido pelo

Governo anterior, do Partido Socialista. Trata-se de uma política que, ao contrário do que anuncia nos seus

objetivos, não melhora a competitividade das empresas do nosso País. Basta olharmos para os efeitos da

privatização do setor financeiro, do setor elétrico e do setor dos combustíveis. O que aconteceu com essas

privatizações foi uma diminuição da competitividade da nossa economia, porque essas instituições, que eram

públicas e passaram a ser privadas, passaram a gerir a sua política em função do máximo lucro para os seus

acionistas. É por isso que, hoje, a nossa economia, as nossas pequenas empresas pagam a eletricidade mais

cara da Europa.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É por isso que, hoje, pagam os combustíveis mais caros da Europa.

É por isso que não têm acesso ao crédito, porque as empresas que eram públicas e foram privatizadas não

querem saber do interesse público, do interesse nacional e da economia portuguesa.

Outra das justificações, que é anunciada, para o programa de privatizações é a redução da dívida pública.

Mas, Srs. Deputados, há uma grande novidade nisto. É que, ao contrário do que foi prometido, quanto mais se

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