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I SÉRIE — NÚMERO 121

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Saúde e não de outros governos —, tanto quanto possível, procurar-se-ia manter o conjunto da equipa da

Maternidade Alfredo da Costa.

Sr. Deputado, reafirmo aquilo que lhe disse, ou seja, sobre esta matéria em particular não tive notícia

pública, a não ser hoje de manhã, através de um órgão de comunicação social. Mas, Sr. Deputado, eu não

governo pelos jornais. Portanto, posso garantir-lhe que o Sr. Ministro da Saúde não abordou comigo qualquer

nova cronologia relativamente ao encerramento da Maternidade Alfredo da Costa. E como não funciono com

as notícias de jornais mas apenas com a matéria de facto que sei através dos meus ministros, mais não

acrescento até o Sr. Ministro da Saúde poder reportar-me alguma novidade, nomeadamente confirmando ou

não uma decisão que possa ter sido tomada ao nível do conselho de administração da própria unidade quanto

ao seu encerramento.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, há um padrão que começa a notar-

se nestes debates: perante qualquer dificuldade, o Sr. Primeiro-Ministro tem uma estratégia — «sacudir a água

do capote»!

Aplausos do BE.

Não sabe. Defende-se com a ignorância. Defende-se com o desinteresse. E defende-se com a falta de

estratégia.

Ficámos a saber que, pelos vistos, numa área estratégica como a saúde, no Governo decide cada um por

si e sem nenhuma regra para todos.

Mas essa forma de «sacudir a água do capote» apareceu noutros momentos deste debate — apareceu a

propósito de Espanha, apareceu a propósito da recapitalização da banca e apareceu a propósito do estímulo

ao emprego jovem. Vou, por isso, colocar-lhe perguntas diretas, porque sei que o tempo disponível é pouco e

quero ter a sua resposta.

Sr. Primeiro-Ministro, veio fazer-nos um jogo retórico a propósito de Espanha: «parece que sim»; «não sei

de nada»; «não aconteceu nada». É o retrato da Europa! Pedem 100 000 milhões de euros para recapitalizar a

banca, como já está a acontecer em Portugal, mas não há nada tratado, não há nenhuma regra para propor

aos países. No entanto, todos sabemos — todos sabemos, Sr. Primeiro-Ministro! — que a banca e o sistema

financeiro são generosos a distribuir os seus prejuízos e muito rápidos a ganhar as suas vantagens, e no fim

do dia são os contribuintes que vão pagar tudo, como estão a pagar em Portugal.

Veja o que o senhor fez com a banca portuguesa. O Banco Português de Investimento (BPI) vendeu, há

pouco tempo, 10% por 46 milhões de euros. O Governo, com dinheiro que os contribuintes vão pagar, colocou

lá 40 vezes esse valor! O senhor nacionalizou o BPI e o Banco Comercial Português (BCP), e os contribuintes

vão pagar todos os prejuízos. Por isso mesmo, agora é altura de dizer que os «troica boys» têm vivido mentira

atrás de mentira, Sr. Primeiro-Ministro!

Nada resulta nesta política. Não há nenhuma solução! Não há nenhuma coerência! Não há nenhuma

estratégia! Não há nenhuma visão financeira! Não há nenhuma visão orçamental! Deixar a Europa ir ao fundo

cantando e rindo — é o que os senhores estão a fazer! E é o que fazem em todas as medidas que tomam,

nomeadamente na questão do emprego.

O Sr. Primeiro-Ministro falou-nos de estímulo ao emprego. Vou dar-lhe um exemplo, retirado hoje do portal

do Governo: «Arquiteto, mestrado, que fale inglês e francês, que tenha carro próprio, horário das 9.30 às 19.30

— 500 €. 500 € de salário, Sr. Primeiro-Ministro! Este é o emprego que os senhores prometem aos jovens!

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

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