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16 DE JUNHO DE 2012

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Viúva do arquiteto Francisco Keil do Amaral, Maria Keil nasceu em Silves e estudou pintura na Escola

Superior de Belas Artes de Lisboa.

Com uma extensa e diversificada obra em várias disciplinas, Maria Keil distinguiu-se na pintura de painéis

de azulejo, tendo realizado, na década de 50 do século passado, a decoração da rede de Metropolitano de

Lisboa, obra de responsabilidade de Francisco Keil do Amaral. Voltaria a trabalhar para o Metropolitano de

Lisboa em 2009 na decoração da extensão da estação de S. Sebastião.

Participou em várias mostras individuais e coletivas e certames, destacando-se a decoração do Pavilhão de

Portugal na Exposição Internacional de Paris, em 1937, a participação na exposição do Mundo Português, em

1940, e na exposição Maioliche Portoghesi, em Florença, em 1970.

Foi ilustradora para publicidade e em 1941 foi distinguida com o prémio Souza-Cardoso pelo seu

Autoretrato.

Publicou cinco livros — O Pau-de-Fileira, Os presentes, As três maçãs, para crianças, e Árvores de

Domingo e Anjos do mal, para adultos — e ilustrou publicações de autores como Matilde Rosa Araújo e

Aquilino Ribeiro, ou coletâneas sobre Bernardim Ribeiro, Castro Alves, Olavo Bilac e Tomás António Gonzaga.

Artista atenta e comprometida com o seu povo, foi uma resistente antifascista, tendo colaborado com a

Comissão de Socorro aos Presos Políticos.

Sobre a sua passagem pelas prisões fascistas, Maria Keil dizia: ‘Estive presa em Caxias, porque isto era

tudo um exagero. Fomos 50 pessoas ao aeroporto esperar D. Maria Lamas, que vinha de um congresso da

Paz. Parece que era um crime terrível (…). Havia lá mulheres completamente isoladas, mas sabíamos muito

bem o que lhes faziam. É uma coisa horrível. Aquela gente não merecia o mais pequeno respeito. Aquilo

marcou-me, porque entrei no sítio e vi as coisas como elas eram.’

A Assembleia da República, reunida em Plenário em 15 de junho de 2012, manifesta o seu pesar e

expressa a todos os familiares e amigos de Maria Keil as suas sentidas condolências».

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos proceder à votação do voto que acabou de ser lido.

Submetido a votação, foi aprovado por unanimidade.

Srs. Deputados, podia-lhes que guardássemos 1 minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Srs. Deputados, vamos prosseguir o guião com a votação do projeto de resolução n.º 368/XII (1.ª) —

Constituição da comissão permanente (Presidente da AR).

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Srs. Deputados, vamos votar o projeto de deliberação n.º 8/XII (1.ª) — Prorrogação do período normal de

funcionamento da Assembleia da República (Presidente da AR).

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Vamos votar o projeto de resolução n.º 318/XII (1.ª) — Recomenda ao Governo a adoção de medidas para

baixar a fatura da eletricidade e do gás e aumentar a competitividade da economia (PS).

Submetido à votação, foi rejeitado, com votos contra do PSD, do CDS-PP, do PCP, do BE e de Os Verdes

e votos a favor do PS.

Srs. Deputados, vamos votar o projeto de resolução n.º 343/XII (1.ª) — Uma estratégia para a promoção de

combustíveis alternativos na mobilidade rodoviária (PCP).

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