O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 18

36

O Sr. Primeiro-Ministro: — … a um nível de sustentabilidade para os impostos dos portugueses e a

sustentabilidade da dívida pública. É disto que estamos a tratar.

O Sr. João Galamba (PS): — Queria que houvesse um grande consenso, mas não há!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sabemos que há muitos partidos que, de uma maneira geral, apontam para

tudo e o seu contrário, quando fazem proclamações políticas sobre o que deve competir ao Estado. Sabemo-

lo! De resto, o Sr. Deputado João Semedo fez, sob este ponto de vista, uma intervenção paradigmática. Tenho

pena que ele agora não possa aqui estar para lhe poder responder diretamente, mas a sua intervenção foi tão

paradigmática que julgo que ele não levará a mal que a utilize justamente para responder a vários Srs.

Deputados. Diz o Sr. Deputado João Semedo que o problema do País não está na despesa pública, nem na

dimensão do Estado, mas na dimensão da dívida. Mas, Sr. Deputado João Semedo, de onde é que vem a

dívida? De onde é que vem a dívida? A dívida pública, evidentemente.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

Protestos do PCP e do BE.

O Sr. Primeiro-Ministro: — De onde é que vem a dívida pública? Então, a dívida pública não vem da

despesa pública e da dimensão do Estado?! Então, vem de onde?! De onde é que ela vem?!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PCP e do BE.

Vejam como é absurdo o debate político que certos partidos da oposição querem conduzir! Dizem esses

partidos: precisamos de cortar o défice, mas não podemos cortar a despesa; temos de cortar o défice, mas

também não podemos aumentar os impostos.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Os senhores estão a fazer as duas coisas!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Os Srs. Deputados, evidentemente, não querem que se faça nada. Mas, Srs.

Deputados, não fazer nada significa simplesmente não ter condições de financiamento no Estado para que o

Estado possa cumprir as suas obrigações, nomeadamente as obrigações sociais.

Mas diz o Sr. Deputado Luís Fazenda: «Nós temos uma solução. O senhor tem é de renegociar essa

dívida. Renegoceie a dívida, a dívida não é legítima».

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Uma parte não é!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado Luís Fazenda, deixe-me dizer-lhe: não fui eu que gerei essa

dívida, não fui eu que gerei essa dívida!

Protestos do PCP e do BE.

Mas quero dizer-lhe, como português — não é como Primeiro-Ministro, é como português —, que, no dia

em que Portugal assumir a posição de que a sua dívida externa é ilegítima e de que a quer reestruturar ou

renegociar, Portugal passará a um estatuto de menoridade,…

O Sr. Luís Fazenda (BE): — É no que estamos!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E estamos onde?

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 18 2 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Sr. Primei
Pág.Página 2
Página 0003:
31 DE OUTUBRO DE 2012 3 processo de construção europeia. Deixaríamos os portugueses
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 18 4 Aplausos do PSD e do CDS-PP. <
Pág.Página 4
Página 0005:
31 DE OUTUBRO DE 2012 5 É preciso acrescentar que as taxas de juro que são praticad
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 18 6 Nada disto foi feito no passado. O ataqu
Pág.Página 6
Página 0007:
31 DE OUTUBRO DE 2012 7 O Sr. Primeiro-Ministro: — … do nosso programa de aj
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 18 8 fazem sejam chamados a dar o seu justo contribu
Pág.Página 8
Página 0009:
31 DE OUTUBRO DE 2012 9 monoparentais; o programa de requalificação de desempregado
Pág.Página 9
Página 0021:
31 DE OUTUBRO DE 2012 21 A Sr.ª Presidente: — Tem, então, a palavra para responder,
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 18 22 O Sr. Primeiro-Ministro: — O senhor há
Pág.Página 22
Página 0023:
31 DE OUTUBRO DE 2012 23 O Sr. Deputado deve saber que, se há coisa que este
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 18 24 financiamento a muito baixo custo, que, no ent
Pág.Página 24
Página 0025:
31 DE OUTUBRO DE 2012 25 O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Está enganado! Está engan
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 18 26 Protestos do PCP. … e o S
Pág.Página 26
Página 0035:
31 DE OUTUBRO DE 2012 35 A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. P
Pág.Página 35
Página 0037:
31 DE OUTUBRO DE 2012 37 O Sr. Primeiro-Ministro: — … comparado com outros E
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 18 38 O Sr. Primeiro-Ministro: — … mas esta é a base
Pág.Página 38
Página 0045:
31 DE OUTUBRO DE 2012 45 Quanto ao crédito às empresas, sabe o que acontece às voss
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 18 46 Sr. Deputado, em 2005, o rácio de dívida públi
Pág.Página 46
Página 0047:
31 DE OUTUBRO DE 2012 47 O Sr. Primeiro-Ministro: … ou, simplesmente, poder vir a r
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 18 48 Disse a Sr.ª Deputada Mariana Aiveca que este
Pág.Página 48
Página 0049:
31 DE OUTUBRO DE 2012 49 Aplausos do PSD e do CDS, de pé. A Sr
Pág.Página 49