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I SÉRIE — NÚMERO 18

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Aplausos do PS.

Estranhamente, o Sr. Ministro e este Governo não entendem isso!

Mas, Sr. Ministro, as consequências da sua estratégia são ainda piores, não são apenas os 800 000

desempregados — não são apenas esses! —, não é apenas o colapso da procura interna, não é apenas um

País que, neste momento, tem níveis de pobreza inimagináveis, que se devem, em grande parte, à sua

irresponsabilidade, às suas escolhas.

O pior disto tudo é que o Sr. Ministro das Finanças inviabilizou o ajustamento português.

Perguntei-lhe aqui, na semana passada, se admite ou não que este é o resultado das suas políticas.

Desde 2010, as famílias, as grandes empresas, as médias, as pequenas e as micro empresas estavam a

reduzir os seus níveis de endividamento. O seu Orçamento do Estado para 2012, para além de todas as

consequências que já aqui lhe apontei, teve mais uma: impossibilitar a desalavancagem das famílias e das

empresas.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. João Galamba (PS): — O Sr. Ministro das Finanças, ao fazer a escolha que fez, tornou impossível

que as famílias e as empresas reduzissem os seus níveis de endividamento. As famílias e as empresas estão,

neste momento, numa trajetória crescente de endividamento, porque o Sr. Ministro das Finanças tornou

impossível a sua redução.

Sr. Ministro das Finanças, Portugal está numa trajetória de insustentabilidade da dívida. Esta maioria e o

seu Governo continuam a falar de um país que não existe, onde se está a desalavancar. Não está! As famílias

e as empresas estavam, mas deixaram de estar, por sua causa, por causa das suas escolhas! Estamos, neste

momento, em insustentabilidade e do que precisamos, Sr. Ministro, não é de um Governo honradinho, porque

este País não tem mais disponibilidade para discursos salazarentos.

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. João Galamba (PS): — Do que precisamos, Sr. Ministro das Finanças, é de um Governo que diga a

verdade, que defenda o País perante a troica e que diga, de uma vez por todas, em nome de Portugal, em

nome dos portugueses, que esta estratégia não resulta.

Para terminar, Sr. Ministro das Finanças, deixe-me dizer-lhe que…

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. João Galamba (PS): — … o seu Orçamento do Estado para 2012 não resultou e o Orçamento do

Estado para 2013 não pode resultar. Qual destas dez palavras é que não entende?!

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado Duarte Pacheco.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr.

Ministro de Estado e das Finanças, quem ouviu estas duas últimas intervenções deve questionar-se em que

país estamos. E isto pelo seguinte: esqueceram a situação de pré-bancarrota em que nos encontrávamos há

um ano…

Protestos do PS.

… e de quem é a responsabilidade principal por termos caído nessa situação, esqueceram-se da situação

de emergência financeira em que o País se encontra e esqueceram-se, os Srs. Deputados do Partido

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