O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 19

26

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Manuel Pizarro.

O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro da Saúde, gostei muito de o ouvir defender, de

forma tão acentuada, o Serviço Nacional de Saúde. Até fiquei na dúvida se o Sr. Ministro não estava a

responder ao Sr. Primeiro-Ministro. Isto é, em matéria de refundação das funções sociais do Estado, parece-

me claro, do que diz o Sr. Ministro da Saúde, que não se deve mexer no Serviço Nacional de Saúde.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Essa é uma posição que apoiamos e consideramos que o Sr. Ministro é

bem vindo a esse debate.

Claro que há aqui uma questão essencial, Sr. Ministro. A realidade é muito diferente do mapa de encanto

que aqui nos trouxe, porque, verdadeiramente, se o principal objetivo do Governo é esse que o Sr. Ministro

proclamou, ou seja, melhorar o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde, então, como avalia as

dificuldades cada vez maiores de encontrar medicamentos nas farmácias? É uma situação que é denunciada

diariamente em todo o País.

Como avalia o Sr. Ministro a dificuldade cada vez maior de os portugueses terem acesso às prestações do

Serviço Nacional de Saúde, em face do aumento colossal das taxas moderadoras e do facto inédito de o

número de dependentes de uma família não contar para a isenção da taxa moderadora? O Partido Socialista

já se pronunciou contra esta medida nesta Câmara e esta visão do PS tem agora, também, o apoio do Sr.

Provedor de Justiça, que considerou que era um fator de absoluta iniquidade no acesso ao Serviço Nacional

de Saúde.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Como encara o Sr. Ministro o facto de, nos primeiros sete meses de 2012,

terem ocorrido menos 1,6 milhões de atendimentos no Serviço Nacional de Saúde, em comparação com o

mesmo período do ano anterior?

E que comentário lhe merece, Sr. Ministro, a queda de 25% na transplantação de órgãos, o aumento do

número de inscritos na lista para cirurgia e o aumento do tempo de espera para os portugueses? Isso é

melhorar o acesso dos portugueses à saúde, Sr. Ministro?

Finalmente, Sr. Ministro, o que aconteceu, afinal, à suspensão do programa cheque-dentista? É assim que

mantém o acesso dos cidadãos portugueses à saúde?

Protestos do PSD.

Sr. Ministro, a verdade é que tem de haver consistência entre as declarações formais de apoio ao Serviço

Nacional de Saúde e as medidas concretas.

Antes do verão, o Sr. Ministro disse, numa entrevista a um jornal, que não foi desmentida — julgo que

foram bem transcritas as suas palavras —, que já não era possível haver mais cortes no Serviço Nacional de

Saúde. No entanto, se admitirmos que o Orçamento nominal para 2013 é igual ao Orçamento nominal para

2012 — enfim, descontando os Orçamentos retificativos, que permitiram pagar uma parte significativa das

dívidas do Serviço Nacional de Saúde —, …

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Que vocês deixaram!

O Sr. Manuel Pizarro (PS): — … Sr. Ministro, a verdade é que o Serviço Nacional de Saúde vai ter uma

dotação inferior a 300 milhões de euros, como foi reconhecido, aliás, pelo Sr. Secretário de Estado da Saúde,

em função do aumento das despesas com recursos humanos no próximo ano. Como vai ser possível? O que

aconteceu entre julho, altura em que o Dr. Paulo Macedo dizia que não era possível manter os cuidados do

Páginas Relacionadas
Página 0021:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 21 Aplausos do PS. Protestos do CDS-PP.
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 19 22 Apesar deste percurso que tem sido apoiado por
Pág.Página 22
Página 0023:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 23 e para os utentes, logrando o objetivo de garantir mais mé
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 19 24 A política do medicamento estimula a utilizaçã
Pág.Página 24
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 19 28 notar, aliás, que não existe uma declaração pú
Pág.Página 28
Página 0029:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 29 que muito poucas vezes se liga, que é a quebra da cadeia d
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 19 30 O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Mas quem é que de
Pág.Página 30
Página 0031:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 31 médico para os nossos cidadãos. Vamos contratar médicos, e
Pág.Página 31
Página 0035:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 35 São reformas, diria eu, que visam o aumento da eficiência,
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 19 36 Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Pág.Página 36
Página 0037:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 37 farmacêutica — na parte do ambulatório já está conseguida,
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 19 38 O Sr. João Semedo (BE): — Não é nisso q
Pág.Página 38