O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 19

84

As alternativas a este caminho seriam somente escolher falhar ou escolher fugir. Nenhuma é uma escolha

responsável. E a escolha de fugir é a pior: seria também falhar mas deixaria, além do fracasso, também a

vergonha.

Ideias e propostas para reduzir a despesa e melhorar a receita.

Embora a margem de manobra do OE 2013 seja inexistente quanto aos parâmetros fundamentais, importa

melhorá-lo em toda a medida possível durante a apreciação na especialidade. Essas melhorias hão-de ser

neutras no plano orçamental, não envolvendo aumento de despesa nem pondo em risco o limite do défice — e

só poderão ser levadas a alívios do lado da receita desde que se fundem em baixas significativas do lado da

despesa.

Adianto, neste quadro, algumas ideias e propostas, na intenção de que quaisquer ganhos conseguidos na

maior redução da despesa sejam levados, em primeiro lugar, a diminuir o esforço enorme com que os

aposentados, pensionistas e reformados estão a ser fustigados e, a seguir, a atenuar o agravamento fiscal.

Do lado da despesa, seria importante conseguir uma baixa dos juros da dívida pública. O peso desta fatia

já é muito elevado, sendo este um dos efeitos mais perversos da escalada de endividamento em que

sucessivos governos afundaram Portugal — o PS deve pôr a mão na consciência e a Madeira também.

Os juros e encargos da dívida pública vão ascender já a 7300 milhões de euros, quase tanto como o que

gastamos em saúde e mais do que gastamos em educação. Do nosso IRS, 3/5 serão para pagar juros. Ou

todo o produto do IRC e de todos os impostos relativos a viaturas (ISP, ISV e IUC) são para suportar os juros e

encargos da dívida.

Estes juros não têm a ver unicamente, nem principalmente, com os empréstimos da troica e é verdade que

os juros da troica já baixaram desde o início da assistência financeira, em junho de 2011. Mas qualquer

melhoria — pequena que fosse – que se obtenha na parcela de juros devida à troica seria, por um lado, uma

redução na nossa despesa financeira e sobretudo, por outro lado, um sinal efetivo de apreciação pelo esforço

já feito por Portugal e um gesto de encorajamento e apoio ao esforço que ainda falta.

Há que dar também sinais claros a que a opinião pública adira e não correspondam apenas a populismo

demagógico. Por exemplo, enquanto durar o período de assistência pela troica e pesar este enorme gravame

fiscal sobre os portugueses, dever-se-ia suspender todo e qualquer financiamento público de campanhas

eleitorais. Em 2013, a poupança seria de 46 milhões de euros, montante previsto para as próximas eleições

autárquicas.

Também importa desenvolver um esforço mais enérgico e musculado quanto às fundações, observatórios e

outras ignotas periferias, bem como agir com mais coragem e determinação sobre PPP e rendas excessivas,

nomeadamente nos sectores mais resilientes e poderosos, como no domínio da energia.

É, enfim, claro que avanços consistentes e sustentados sobre a despesa pública, quer para ganhos

continuados nos consumos intermédios, quer no plano das grandes áreas orgânicas e funcionais, não se

alcançam com movimentos isolados como foram o PRACE ou o PREMAC. Exigem ação continuada e

persistente, bem como uma profunda reforma do Estado.

Seria conveniente, assim, constituir duas instâncias:

Uma «comissão-guilhotina» que, dirigida e coordenada a partir dos departamentos governamentais do

Orçamento e da Administração Pública e agindo por auditoria permanente e brigadas de estudo e intervenção

junto dos inúmeros organismos públicos e suas diferentes unidades funcionais, identifique de forma

sistemática, trimestre a trimestre, ano após ano, os gastos supérfluos, os desperdícios, as redundâncias e

duplicações, as irracionalidades, os pequenos truques e alçapões, os desvios e habilidades, propondo novos

procedimentos, monitorando a sua aplicação, empreendendo correcções cirúrgicas e afinando a constante

racionalização e economia do gasto público;

Uma comissão para a reforma do Estado e da Administração Pública que, com qualificada assistência

técnica nacional e internacional, apoie o Governo na preparação das reformas indispensáveis a, olhando

globalmente todo o Estado e todo o edifício da administração central, regional e local, reduzir o peso

incomportável do sector público sobre o País, aumentar a eficiência e agilidade do seu desempenho, libertar a

economia e a sociedade civil, assegurar o cumprimento eficiente e equilibrado das funções soberanas e das

funções sociais do Estado, numa palavra, substituir o modelo socialista falido, insustentável e decadente por

um Estado social proporcionado, sustentável e progressivo.

Esta reforma, de maior fôlego, terá de abordar as diferentes funções do Estado e o modelo de desempenho

de cada uma. Mas há duas linhas que poderiam avançar de imediato:

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 19 2 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Sr. Primei
Pág.Página 2
Página 0003:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 3 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr.ª Presidente, re
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 19 4 Vozes do CDS-PP e do PSD: — É verdade! <
Pág.Página 4
Página 0005:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 5 Submetido à votação, foi rejeitado, com votos contra do PSD
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 19 6 défices externos cada vez maiores e insustentáv
Pág.Página 6
Página 0007:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 7 Vozes do PSD: — Bem lembrado! Protesto
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 19 8 O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — Mesmo s
Pág.Página 8
Página 0009:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 9 A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado Miguel Frasquilho,
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 19 10 Risos do PS. O Sr. Bernardino Soa
Pág.Página 10
Página 0011:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 11 O Sr. João Galamba (PS): — A «festa» socialista que o Depu
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 19 12 Sr. Deputado Miguel Frasquilho, queria fazer-l
Pág.Página 12
Página 0013:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 13 O Sr. Miguel Frasquilho (PSD): — … dizendo que, sim, Srs.
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 19 14 Aplausos do PSD e do CDS-PP. A Sr
Pág.Página 14
Página 0015:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 15 Orçamento do Estado para 2013 tudo agravará, exceto, esper
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 19 16 O Sr. Mendes Bota (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr
Pág.Página 16
Página 0017:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 17 Protestos do PS. Sr. Deputado Carlos Zorrinh
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 19 18 não teria feito esse discurso, que foi um disc
Pág.Página 18
Página 0019:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 19 O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … sobre a medida que tudo
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 19 20 Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
Pág.Página 20
Página 0021:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 21 Aplausos do PS. Protestos do CDS-PP.
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 19 22 Apesar deste percurso que tem sido apoiado por
Pág.Página 22
Página 0023:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 23 e para os utentes, logrando o objetivo de garantir mais mé
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 19 24 A política do medicamento estimula a utilizaçã
Pág.Página 24
Página 0025:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 25 A Sr.ª Presidente: — Estão inscritos, para perguntas, os S
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 19 26 Aplausos do BE. A Sr.ª President
Pág.Página 26
Página 0027:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 27 Serviço Nacional de Saúde com uma maior redução orçamental
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 19 28 notar, aliás, que não existe uma declaração pú
Pág.Página 28
Página 0029:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 29 que muito poucas vezes se liga, que é a quebra da cadeia d
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 19 30 O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Mas quem é que de
Pág.Página 30
Página 0031:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 31 médico para os nossos cidadãos. Vamos contratar médicos, e
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 19 32 Vozes do CDS-PP: — Muito bem! A
Pág.Página 32
Página 0033:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 33 A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Certamente, não é esse
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 19 34 A Sr.ª Paula Santos (PCP): — … para rac
Pág.Página 34
Página 0035:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 35 São reformas, diria eu, que visam o aumento da eficiência,
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 19 36 Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Pág.Página 36
Página 0037:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 37 farmacêutica — na parte do ambulatório já está conseguida,
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 19 38 O Sr. João Semedo (BE): — Não é nisso q
Pág.Página 38
Página 0039:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 39 Aplausos do PS. Quando se fala na ref
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 19 40 Em 2013, afastada a hipocrisia dos falsos cort
Pág.Página 40
Página 0041:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 41 O Sr. Honório Novo (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr.as
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 19 42 Terceiro exemplo: está a pensar despedir mais
Pág.Página 42
Página 0043:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 43 minha afirmação, nem do Sr. Ministro Adjunto e dos Assunto
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 19 44 A Sr.ª Presidente: — Faça favor, Sr. Deputado.
Pág.Página 44
Página 0045:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 45 troica. Se o propósito da refundação significa a desrespon
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 19 46 Grécia e, também, em outros países realiza-se
Pág.Página 46
Página 0047:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 47 Sr. Primeiro-Ministro, as PPP, que são dois ou três BPN, a
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 19 48 aqui esta semana, uma verdadeira máquina de fa
Pág.Página 48
Página 0049:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 49 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Acabou-se a propaganda e
Pág.Página 49
Página 0050:
I SÉRIE — NÚMERO 19 50 A questão da refundação do chamado Estado soci
Pág.Página 50
Página 0051:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 51 Podem ter a certeza de que esta história não acaba aqui. E
Pág.Página 51
Página 0052:
I SÉRIE — NÚMERO 19 52 Protestos do Deputado do PS José Junque
Pág.Página 52
Página 0053:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 53 São esses os pais do Estado social, não é nem o Partido So
Pág.Página 53
Página 0054:
I SÉRIE — NÚMERO 19 54 O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — … e de
Pág.Página 54
Página 0055:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 55 avaliar como evoluiu o País, após quase um ano e meio dest
Pág.Página 55
Página 0056:
I SÉRIE — NÚMERO 19 56 perspetivas para os juros do financiamento, a
Pág.Página 56
Página 0057:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 57 impossível de cumprir, porque assentou, desde o primeiro d
Pág.Página 57
Página 0058:
I SÉRIE — NÚMERO 19 58 ainda mais o contrato em que os portugueses vo
Pág.Página 58
Página 0059:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 59 O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Sr.ª Presidente da Asse
Pág.Página 59
Página 0060:
I SÉRIE — NÚMERO 19 60 O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Sr.ª Presid
Pág.Página 60
Página 0061:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 61 de o País descambar na bancarrota. Em nome da bondade e da
Pág.Página 61
Página 0062:
I SÉRIE — NÚMERO 19 62 detém nas suas mãos as responsabilidades socia
Pág.Página 62
Página 0063:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 63 O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiro
Pág.Página 63
Página 0064:
I SÉRIE — NÚMERO 19 64 Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Pág.Página 64
Página 0065:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 65 Aplausos do PSD e do CDS-PP. Por que
Pág.Página 65
Página 0066:
I SÉRIE — NÚMERO 19 66 Vozes do PSD: — Muito bem! <
Pág.Página 66
Página 0067:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 67 evolução do crescimento, da demografia, da esperança de vi
Pág.Página 67
Página 0068:
I SÉRIE — NÚMERO 19 68 preconceito antigo, é um preconceito perigoso
Pág.Página 68
Página 0069:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 69 O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — Po
Pág.Página 69
Página 0070:
I SÉRIE — NÚMERO 19 70 Aplausos do PSD e do CDS-PP. Srs
Pág.Página 70