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I SÉRIE — NÚMERO 101

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Para terminar, gostaria ainda de dizer que, neste processo e com este Governo, ficamos com a ideia que

as empresas que venderam produtos especulativos abusivos acabam por enriquecer o seu currículo com

essas operações.

Aplausos de Os Verdes e do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados: Não

é a primeira vez que discutimos esta matéria e cada vez mais me assalta a ideia de que a esquerda não gosta

dos CTT, e há até uma certa esquerda que nem quer saber dos CTT, porque não via, no encerramento,

nenhuma estação dos correios que tivesse o nome de JP Morgan ou algo parecido.

E porque é que eu acho que não gostam dos CTT? Porque se concordamos todos que, em matéria de

privatizações, temos posições completamente diferentes — isso é verdade! —, então, valia a pena fazermos

um debate sério sobre a privatização. Como? Discutindo o caderno de encargos, discutindo de que forma é

que o serviço está garantido,…

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … discutindo de que forma é que o regulador vai controlar que o

serviço universal se mantém e que a privatização não afeta de modo nenhum o serviço essencial de transporte

e de correio.

Essa seria uma discussão séria, mas não foi isso que aqui ouvimos. Ouvimos, sim, um conjunto de

demagogia, às vezes de boa demagogia, mas ainda assim demagogia.

E porquê? Porque, se repararmos com atenção, é perfeitamente normal que, numa atitude de gestão, a

empresa se adapte à procura. Muitos dos postos que encerraram estão em zonas onde a procura caiu 30%,

como já aqui foi dito pelo Sr. Secretário de Estado, tendo a redução da procura sido nalgumas zonas de 24%,

e são zonas de grande densidade populacional. E o que é que fez a empresa? A empresa adaptou a sua

oferta de serviços à procura sem pôr em causa a distribuição, porque temos que separar a distribuição de

correio, que continua a existir, dos postos de correio.

Mas vou dizer mais: a empresa abriu estações na altura em que estava no Governo o Partido Socialista. E

no Parque das Nações, uma nova realidade urbana, os CTT abriram uma estação.

O Sr. Deputado Bruno Dias sabe quanto é que custou essa estação?! Quase 1 milhão de euros!

Vozes do CDS-PP: — É verdade!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Portanto, está a ver como a empresa se adaptou a uma nova realidade

urbana,…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — E que culpa têm disso as pessoas?

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … a uma nova procura. Além disso, há ali uma estação piloto, onde se

pode avaliar o efeito das novas tecnologias na distribuição de correios.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Está às moscas! Vá lá ver!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Considero, pois, que era perfeitamente razoável discutir o

«problema»…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Mas não é essa que fecha, são as de Cacilhas, do Barreiro,…

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