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I SÉRIE — NÚMERO 107

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O PSD e o Sr. Secretário de Estado do Orçamento têm o descaramento de vir aqui falar da pesada

herança?!

No 1.º trimestre de 2011, o défice era de 7,5%, em contabilidade nacional; no final do 1.º semestre de 2011,

o défice, em contabilidade nacional, era de 8,3%. Hoje, cheiinhos de credibilidade e depois da extraordinária

façanha da maioria de direita, conseguimos um défice, no 1.º trimestre de 2013, de 10,6%. Repito: 10,6%!

Obrigado PSD, obrigado CDS.

Aplausos do PS.

Mas sem o Banif — e vou atirar uns valores — o défice é de 8,8%! Ainda assim maior do que no 1.º

trimestre de 2011, maior do que no 1.º semestre de 2011 e, pior, maior do que no ano passado!

No ano passado, no 1.º trimestre, começámos com um défice de 7,9% e acabámos com um défice de

6,4%. E, agora, este Governo quer-nos fazer crer que, começando com um défice de 10,6%, vamos acabar

com um défice de 5,5% — é um milagre! Mas com tantos milagres que esta maioria fez ao longo de dois anos,

certamente será um milagre que se irá concretizar.

Esta Conta Geral do Estado de 2011, Sr. Secretário de Estado, contém um enorme apagão. É que lêem-se

aquelas centenas de páginas e não há uma única referência a um evento que determinou, e continua a

determinar, a vida de todos os portugueses. Falo de um acontecimento, ocorrido mais ou menos no dia 23 de

março, que não vem referido na Conta Geral do Estado e que teve profundas consequências financeiras (e já

não falo de políticas) para o nosso País. A degradação das condições económicas em Portugal acentuou-se

no 2.º semestre de 2011, que corresponde, curiosamente, à entrada deste Governo em funções. Os ratings

caíram vertiginosamente e isto não apenas retirou Portugal dos mercados. E ao contrário do que disse aqui o

Deputado do PSD, não foi o resultado orçamental do primeiro ou do 2.º trimestre de 2011 que colocou

Portugal fora dos mercados, até porque ele foi melhor do que no 2.º semestre, foi, isso sim, o chumbo

irresponsável por parte de toda a oposição do PEC 4 que fez cair vertiginosamente os ratings da República.

Aplausos do PS.

Isso levou ao pedido de ajuda externa e teve profundas consequências financeiras, por exemplo na

questão dos swaps. Foi a queda dos ratings que permitiu ativar as cláusulas de vencimento antecipado nos

swaps que colocou o País e o Estado português nas mãos dos bancos. Sem esse chumbo e sem essa queda

dos ratings, isso não teria acontecido.

Vozes do PSD: — Oh!

O Sr. João Galamba (PS): — Essa é uma profunda irresponsabilidade desta maioria, a qual o Partido

Socialista agradece.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Meireles.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados:

Confesso que não vou resistir à tentação de responder à letra ao Sr. Deputado João Galamba, mas não

dando-lhe uma novidade porque sei que o Sr. Deputado acredita piamente que tudo sabe e não quero destruir

as suas convicções.

Risos do CDS-PP.

Vozes do PS: — Oh!…

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