O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 112

16

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — A próxima intervenção é do PS.

Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Sá.

O Sr. Nuno Sá (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da

Igualdade, Sr. Secretário de Estado da Administração Pública: Queria dirigir-me, em primeiro lugar, às

bancadas do PSD e do CDS-PP para dizer, em particular ao Sr. Deputado Duarte Pacheco, que o Partido

Socialista hoje, como sempre, está e estará disponível para um diálogo que beneficie os portugueses e

Portugal.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Muito bem!

O Sr. Nuno Sá (PS): — Mas, Sr. Deputado Duarte Pacheco, queremos um verdadeiro diálogo e não, como

VV. Ex.as

querem, a apresentação de soluções relativamente às quais o PS não poderia eventualmente fazer

críticas nem contrapor soluções melhores. A vossa prática é de rejeição sucessiva desse diálogo e dessas

propostas.

Sr.ª Secretária de Estado e Sr. Secretário de Estado, para o Partido Socialista, estes dois diplomas são

claramente embustes e traduzem-se em dissimulação relativamente aos objetivos que VV. Ex.as

declaram.

As 40 horas para os funcionários públicos são injustas e não têm comparação com o regime privado, que é

de 35 a 40 horas. Neste diploma, estipula-se o limite de 40 horas como mínimo, o que se faz aqui, Sr.

Secretário de Estado, é uma redução remuneratória permanente.

Relativamente à requalificação e mobilidade, são meros cavalos de Troia. O que o Governo visa é o

despedimento de milhares de funcionários, sem qualquer critério de justiça e de racionalidade geográfica e

funcional, bem evidenciado pela falta de um estudo consistente.

Sr.ª Secretária de Estado e Sr. Secretário de Estado, bancadas do PSD e do CDS, esta peça é o turbo que

faltava no motor do despedimento massivo em Portugal.

Depois dos milhares de desempregados que VV. Ex.as

geraram no sector privado, querem agora criar

condições para que existam milhares e milhares de desempregados na função pública.

Mas, se existem razões substanciais e materiais para não acompanharmos estas iniciativas, Sr. Secretário

de Estado, o que dizer do clima? E não me refiro ao clima atmosférico, Sr. Secretário de Estado, que é quente.

Politicamente, estamos também a viver um tempo muito quente e foi o seu Governo que incendiou a casa e

que criou este clima de alta temperatura política!

Se o Sr. Secretário de Estado e a Câmara me permitem que use uma expressão dos diplomas em debate,

pergunto: o Sr. Secretário de Estado tem noção de que, desde ontem, este é um Governo na mobilidade?

Estas reformas, a terem a importância estrutural na Administração Pública que o Governo diz que têm,

necessitavam de dois requisitos políticos fundamentais: estabilidade e confiança no Governo.

Não existe nem uma nem outra. Temos um Governo na mobilidade, um Governo a desintegrar-se, um

Governo que não gera confiança nem nos parceiros sociais nem nos trabalhadores, que não gera confiança

política, que não gera, enfim, confiança entre as duas bancadas que os apoiam e outros atores institucionais.

Aplausos do PS.

Por último, queria deixar bem clara, Sr. Secretário de Estado, a posição do Partido Socialista nesta matéria.

Existem razões substanciais, razões políticas, diria até, Sr. Secretário de Estado — e tome boa nota —,

razões de dúvidas constitucionais. Temos muitas dúvidas sobre a constitucionalidade destes dois diplomas.

Existem razões sociais e, como referi, razões de falta de um mínimo de condições políticas para que se

avançasse com estes diplomas.

O desafio fica para o Governo!

Páginas Relacionadas
Página 0003:
12 DE JULHO DE 2013 3 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Sr.ª Secretária de Estad
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 112 4 A Sr.ª Isabel Santos (PS): — Muito obrigada, S
Pág.Página 4
Página 0005:
12 DE JULHO DE 2013 5 Foi, ainda, apresentada recentemente uma proposta que se prop
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 112 6 dos seus trabalhadores e do reforço da capacid
Pág.Página 6
Página 0007:
12 DE JULHO DE 2013 7 A Sr.ª Isabel Santos (PS): — Medidas que o Governo diz
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 112 8 A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta é do S
Pág.Página 8
Página 0009:
12 DE JULHO DE 2013 9 Relativamente à questão que colocou, que confronta estes dois
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 112 10 de responsabilidade, pois a sabedoria dos por
Pág.Página 10
Página 0011:
12 DE JULHO DE 2013 11 O Sr. Marcos Perestrello (PS): — Até parece que acred
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 112 12 O Sr. Jorge Machado (PCP): — Exatamente!
Pág.Página 12
Página 0013:
12 DE JULHO DE 2013 13 O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — … com o aproveitamento,
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 112 14 requalificação não implica que vá para o dese
Pág.Página 14
Página 0015:
12 DE JULHO DE 2013 15 O Sr. Jorge Machado (PCP): — Em vez de caminhar no sentido d
Pág.Página 15
Página 0017:
12 DE JULHO DE 2013 17 Em nome do Partido Socialista, pergunto: por que é que não r
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 112 18 O Sr. João Oliveira (PCP): — Seja honesto!
Pág.Página 18
Página 0019:
12 DE JULHO DE 2013 19 A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — E não tem legitimidade, Sr. Se
Pág.Página 19