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I SÉRIE — NÚMERO 116

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Durante toda a sua vida, manteve uma intensa atividade empresarial, colaborando com inúmeras

instituições bancárias nacionais e internacionais.

Apesar dos seus sucessos profissionais, foi a sua intensa dedicação à causa pública que o notabilizou. Em

1976, na I Legislatura, foi Deputado do CDS à Assembleia da República. Em 1978, assumiu funções

governativas, no II Governo Constitucional, enquanto Secretário de Estado do Comércio e Indústrias Agrícolas.

Foi, depois, Vereador da Câmara Municipal do Porto, entre 1979 e 1981, para, nesse mesmo ano, assumir

novamente funções governativas, desta vez enquanto Secretário de Estado do Turismo no VII Governo

Constitucional.

A sua ação cívica foi ampla e não se esgotou no desempenho de cargos políticos, tendo Alcino Cardoso

participado, ao longo de toda a sua vida, em inúmeros projetos e integrado várias associações e ordens de

manifesto interesse cívico. Entre essas, foi membro da Ordine dei Santi Maurizio e Lazzaro (grau

Comendador, Casa Real de Sabóia), da Ordine Equestre del Santo Sepolcro di Gerusalemme (grau

Comendador, Vaticano, Santa Sé), da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (grau

Comendador, Casa Real de Bragança), do Conselho de Curadores da Fundação Frei Manuel Pinto da

Fonseca e da Associação da Nobreza Histórica de Portugal. Foi ainda membro fundador do Rotary Club do

Porto Douro e presidente da Real Associação do Porto.

Os seus méritos foram reconhecidos. Em França, foi condecorado Oficial da Ordre Nationale du Mérite e da

Légion d'Honneur, esta última a mais alta condecoração honorífica francesa. Foi também condecorado com a

Cruz de Grande Oficial Pro Merito Melitensi da Ordem de Rodes e de Malta.

O seu exemplo de firmeza nas convicções, assim como a sua generosidade, inspirou todos os que com ele

contactaram. É essa parte importante da herança que nos deixa. O País agradece e não esquece o serviço

que lhe prestou durante décadas de dedicação à causa pública, e lamenta o seu desaparecimento.

A Assembleia da República agradece a Alcino Cardoso a dedicação ao País e à causa pública, que fez

dele uma figura importante da nossa democracia e da sociedade portuguesa e apresenta a toda a sua família

e amigos as suas sentidas condolências.»

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Pedia aos Srs. Deputados que guardássemos 1 minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

A Sr.ª Secretária, Deputada Rosa Albernaz, vai proceder à leitura do voto n.º 146/XII (2.ª) — De

condenação e pesar pelo assassinato de Mohammed Brahmi (Os Deputados membros da União

Interparlamentar, Guilherme Silva, Alberto Costa, Fernando Jesus, João Pinho de Almeida, Maria Paula

Cardoso, Duarte Pacheco e Rosa Albernaz).

Faça favor, Sr.ª Secretária.

A Sr.ª Secretária (Rosa Maria Albernaz): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«O assassinato de Mohammed Brahmi, dirigente da oposição tunisina, líder do Movimento do Partido do

Povo e membro da Assembleia Constituinte Tunisina, é mais um violento ataque ao processo democrático que

se desenvolve no primeiro país da chamada «primavera árabe».

Mohammed Brahmi, 58 anos, foi assassinado ao sair de casa, cravado de balas em frente à mulher e

filhos.

Nenhuma divergência política justifica, em caso algum, qualquer atentado à integridade física e o recurso à

violência, independentemente dos diferentes posicionamentos partidários.

Este é agora, depois de Chokri Belaïd, o segundo assassinato político na Tunísia num curto espaço de seis

meses.

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