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2 DE NOVEMBRO DE 2013

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O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — Diria que é natural e é legítimo, apesar de me escapar que interesse têm

em desvalorizar que aqueles que podem criar emprego e postos de trabalho comecem, finalmente, a criar

emprego e postos de trabalho.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — Mas mais estranha é a consideração aqui trazida pelo principal partido da

oposição, segundo a qual estes sinais serão «sol de pouca dura».

Ocorreu-me que o PS tivesse a prudência que nós temos: não dar por definitiva a retoma.

Ocorreu-me que o PS dissesse em Portugal o que, por exemplo, o Partido Socialista Operário Espanhol diz

em Espanha: tudo o que é bom para a economia portuguesa é bom para os socialistas, mas nós faríamos

diferente para conseguir melhor.

Nunca me ocorreu que o maior partido da oposição interiorizasse uma atitude de negação e não tivesse o

cuidado de saudar ou reconhecer que há algo mais de crescimento, algo menos de desemprego, melhorias na

produção, ainda mais exportações, um ano bom no turismo, boas novas na agricultura ou, simplesmente, uma

módica estabilização no mercado interno e um nada módico indicador de que só nascem empresas quando há

confiança suficiente para as poder criar, apesar de todos os constrangimentos.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do Deputado do PS João Galamba.

Algo me diz que o maior partido da oposição cometeu aqui um lapso não sobre o tamanho da letra, mas

sobre uma dimensão de avaliação política. Dizer que os sinais de recuperação na economia são «sol de pouca

dura» contém dois riscos maiores: um, é falhar a previsão não sobre o que o Governo diz, mas sobre o que a

economia consegue;…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — … outro, é deixar no ar a dúvida, certamente injusta, de que o Partido

Socialista não consegue desenvolver uma política de oposição em cenário de crescimento macroeconómico.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Vozes do PS: — Oh!…

O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — Ou seja, de que ficaram reféns de uma estratégia que diz «não» e mais

«não» e só «não» e «não» a tudo o que é reforma, a tal ponto que, quando a economia dá sinais de vida e

mexe, também reagem dizendo «Não vejo», «Não percebo» ou, simplesmente, «Não quero saber»!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PS.

Permitam-me uma metáfora que vem da minha adesão cinéfila. Pode o PS estar como aqueles atores do

cinema mudo que não conseguiram passar para o cinema sonoro: tanto se habituaram a explorar cada

instante e cada sofrimento da recessão que agora, perante um princípio de crescimento económico, ou dizem

nada ou não sabem o que dizer.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

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