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I SÉRIE — NÚMERO 35

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mas porque aquilo que chegava a todos os cantos do mundo era a de uma pessoa boa, a de um homem

íntegro, um homem que gostava da sua Pátria e que inspirava a sua Pátria.

Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Como eu dizia no início, é difícil acrescentar muito mais àquilo que

já se disse sobre a característica de uma vida destas constituir um elemento de ligação grande entre a

comunidade portuguesa, entre os 10 milhões de portugueses que vivem em Portugal e os cinco milhões de

portugueses que vivem no estrangeiro. Se há figuras que conseguem ser um elo de ligação entre toda esta

comunidade, Eusébio é, seguramente, uma delas.

É também por isso um vulto que contribui para que mantenhamos viva a nossa identidade e a nossa língua,

é uma inspiração para os nossos jovens, que veem nele um exemplo a seguir, e é, naturalmente, uma

inspiração para todo o País, para acreditarmos que temos capacidade, em qualquer domínio, quando sabemos

fazer as coisas bem, para estar nos melhores de entre os melhores.

Em nome do Grupo Parlamentar do PSD, queria apresentar as nossas condolências, o nosso pesar, à sua

família, à sua mulher, ao Sport Lisboa e Benfica e ao seu Presidente, à Federação Portuguesa de Futebol e ao

seu Presidente.

Queria dizer-lhes, numa palavra, que Eusébio partiu, mas Eusébio verdadeiramente não morreu. Ele vai

continuar connosco, todos os dias, a inspirar os nossos jovens, vai continuar connosco, todos os dias, a ser

um elo de ligação entre nós naquilo que mais nos une, que são os valores e os princípios da nossa

comunidade, do nosso País, da nossa Nação e da nossa pátria.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Tem a palavra o Sr. Deputado Alberto Martins.

O Sr. Alberto Martins (PS): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: A morte

de Eusébio da Silva Ferreira provocou uma grande consternação nacional e uma homenagem pela sua

dimensão enquanto desportista genial, de consagração nacional e internacional, e exemplo de desportivismo

ímpar.

Eusébio, natural de Moçambique, tornou-se uma referência universal de Portugal e da Lusofonia.

Nos tempos trágicos da ditadura, que conduziu uma guerra colonial, racista, Eusébio emergiu como um

símbolo de identidade popular e nacional que se manteve intocável até aos nossos dias.

Eusébio foi um desportista mágico, que concentrou em si as esperanças de um povo, na sua capacidade

indomável de lutar e vencer, de transformar, de mudar o rumo dos acontecimentos, de contrariar o destino.

Tive oportunidade de ver vários jogos de Eusébio, uns ao vivo e outros pela televisão. Recordo três

grandes momentos desportivos: o dos 5-3 do Benfica ao Real Madrid — a conta que Deus fez, dizia-se na

altura; o jogo contra a Coreia; e um outro jogo, que foi o maior comício havido em Portugal contra a ditadura,

em 1969, o Benfica-Académica, em que Eusébio marcou um golo contra a Académica. Foi um grande

momento desportivo e para mim foi um momento de tristeza.

Eusébio foi um desportista, um homem, uma figura enorme para todo o Portugal. Por isso, ao

apresentarmos as condolências à família de Eusébio, aqui presente, ao Sport Lisboa e Benfica, na pessoa do

seu Presidente, e à Federação Portuguesa de Futebol, na pessoa do seu Presidente, queremos dizer, com

estas condolências e estas homenagens, que Eusébio foi um homem que foi mais do que ele próprio. Eusébio

foi um atleta genial, mas também foi um símbolo popular da identidade nacional de Portugal.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Com este voto de pesar,

homenageamos Eusébio da Silva Ferreira, figura ímpar da História do nosso País do século XX, não só da

história desportiva mas também da nossa História enquanto País.

Trata-se de um português que honrou e deu a conhecer Portugal em todo o mundo, mesmo àquele mundo

que não conhecia Portugal, que nos deu alegrias, que nos encheu de orgulho, que honrou o País. Sobretudo,

trata-se de alguém que, tendo ganho tudo na sua atividade, tudo quanto era possível ganhar com o seu génio

e o seu talento, manteve sempre a humildade, a autenticidade e a genuinidade dos verdadeiramente grandes.

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