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I SÉRIE — NÚMERO 52

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O Sr. Feliciano Barreiras Duarte (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Portugal assumiu, nos

últimos três anos, a urgência de concretizar uma estratégia de fomento industrial para o crescimento e o

emprego entre os anos 2014 e 2020, porque com mais e melhor indústria teremos melhor economia e,

consequentemente, teremos mais e melhor emprego e um País mais desenvolvido, equilibrado e estável

económica e socialmente.

É justo, a propósito de uma estratégia de fomento industrial, que se realce que Portugal foi o primeiro País

da União Europeia a definir esta estratégia — aliás, só muito recentemente, outros países do sul da Europa é

que também decidiram priorizar a necessidade da chamada reindustrialização. Aliás, na última reunião da

COTEC, realizada em Lisboa, estiveram vários responsáveis de países do sul da Europa para debaterem e

uma estratégia conjunta.

Sr.as

e Srs. Deputados, os países mais industrializados são os mais estáveis e robustos económica e

socialmente e Portugal deve incrementar uma indústria forte, mas moderna, que vise um crescimento

sustentável da economia assente no aumento das exportações, na captação de investimento, na estabilização

do consumo privado e na qualificação do capital humano.

Os últimos indicadores económicos e sociais confirmam, felizmente, que começam a existir sinais de que

os muitos sacrifícios e as muitas dificuldades que as pessoas e as empresas têm tido permitiram que fossem

feitas reformas muito difíceis e muito impopulares mas indispensáveis para um novo paradigma da economia

portuguesa, com um modelo económico assente numa economia baseada em bens transacionáveis e na

aposta nas exportações, em detrimento de um modelo económico assente em investimento público,

sustentado por endividamento do Estado, e em consumo privado sustentado por excessivo endividamento

bancário.

A nova estratégia de fomento industrial assenta em nove eixos de atuação, interligados, muitos já estão a

ser implementados, com um calendário muito claro.

A saber: a consolidação e restruturação do tecido empresarial, a estabilização da procura interna, a

qualificação, o financiamento, a promoção do investimento, a competitividade fiscal, a internacionalização, a

inovação, o empreendedorismo e as infraestruturas logísticas.

De todos estes eixos de atuação, são já várias as medidas que foram concretizadas e, em alguns casos, já

estão em implementação. Este exemplo do fomento industrial, com uma estratégia definida a seis anos e em

simultâneo com o Portugal 2020, deve mobilizar o País e os portugueses, porque do seu sucesso dependerá

muito do futuro de Portugal, nas próximas décadas, independentemente das orientações ideológicas,

rivalidades territoriais e regionais.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Nestas matérias todos devemos ter a capacidade e a paciência para estabelecer plataformas de

entendimento que ultrapassem objetivos de mero curto prazo.

O fomento industrial deverá, ao ser concretizado, servir como uma das traves mestras do regresso ao

crescimento sustentado da nossa economia.

Estou convicto que somos muitos os que concordam que o crescimento sustentável da economia

portuguesa apenas poderá ser conseguido se as nossas exportações continuarem a aumentar, se soubermos

atrair mais investimento nacional e estrangeiro, se estabilizarmos o consumo privado e se qualificarmos o

nosso capital humano.

O Sr. Hugo Soares Lopes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Feliciano Barreiras Duarte (PSD): — E, Sr.as

e Srs. Deputados, estas não são questões novas ou

sequer de ontem e são questões que também não devem separar os portugueses ou, sequer, os partidos

políticos, mesmo, estamos em crer, os que não têm participado no chamado arco da governação que devem

assumir as suas propostas de forma clara.

Nós, no PSD, entendemos que a reindustrialização de Portugal, com mais indústria, contribuirá para uma

melhor economia e esta, pelo seu lado, terá como resultado mais e melhor emprego para os trabalhadores

portugueses.

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