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I SÉRIE — NÚMERO 54

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Se quiserem, poderei fornecer a cada bancada algumas das nossas brochuras.

Saímos do Congresso do PSD mais fortes, mais unidos, mais motivados e mais mobilizados. Os

portugueses sabem bem com o que podem contar da parte do PSD.

Gostaria também de dizer que o PSD é um partido estável, que sabe o caminho que quer e que vai

percorrer, que não tem problemas internos e que conta com todos.

Como há pouco disse da tribuna, temos muito orgulho no nosso líder, no nosso fundador, Francisco Sá

Carneiro, temos muito orgulho em todos os nossos líderes e temos muito orgulho em todos os nossos

militantes. Não excluímos ninguém.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — Quero dizer-vos também que o PSD não governamentalizou o

partido nem o Governo foi partidarizado.

E quero esclarecer que o PSD nunca esteve ao lado do Partido Socialista; esteve sempre ao lado de

Portugal e dos portugueses, nos momentos mais importantes e nos momentos em que foi necessário.

Aplausos do PSD.

Não nos envergonha nada do que fizemos ao longo destes 40 anos de democracia. Infelizmente, o sucesso

de Portugal é o insucesso de alguns partidos, como o Partido Socialista. Mas disso não temos culpa, o

sucesso de Portugal é que nos importa.

Devo dizer também que a economia está melhor. Há dados e sinais positivos que são muito importantes

para todos nós. Este é o caminho que temos de percorrer até conseguirmos que as famílias sintam que esses

dados lhes estão a dar mais-valias.

Mais uma vez digo que é com muito orgulho que faço parte deste grande partido e que fiz parte deste

grande Congresso do PSD.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Passamos à declaração política do PCP, para o que tem a palavra o Sr. Deputado

Miguel Tiago.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: O PSD e o CDS usam o Governo como

uma comissão eleitoral. Ao mesmo tempo que dizem não concordar com a diminuição salarial, assumem

compromissos com a troica estrangeira para continuar a fragilizar os vínculos laborais e a agravar os cortes

nos salários dos trabalhadores da função pública.

As sucessivas reuniões com a troica estrangeira, realizadas nesta Assembleia, são a ilustração não só do

servilismo e da subserviência com que PSD e CDS se atropelam para ver quem é mais prestável, não só da

tibieza variável do PS, que ora contesta, ora faz vénia às instituições estrangeiras, mas também da natureza

antidemocrática do poder que converte o Governo numa comissão de negócios dos grandes grupos

económicos.

À troica doméstica e à troica estrangeira interessa apenas tornar permanentes os roubos, os cortes

salariais e os cortes nas pensões, intensificar a exploração, baixar os custos do trabalho e aumentar

permanentemente os lucros dos grandes grupos económicos e dos monopólios.

Enquanto a dívida pública não para de crescer, as contas públicas continuam por controlar; enquanto o

Estado desvia a riqueza nacional para pagar juros, os portugueses vivem cada vez pior. A pobreza, a

emigração em massa, o desemprego, os baixos salários, a escola pública e o Serviço Nacional de Saúde

empobrecidos, a segurança dos cidadãos ameaçada, a justiça cada vez mais ineficaz e distante, a arte e a

cultura asfixiadas, a produção estagnada e o não aproveitamento do potencial produtivo instalado são a face

real do País que o Governo esconde por detrás de variações positivas nas exportações.

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