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1 DE MARÇO DE 2014

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as paragens são distantes dos edifícios, que o parqueamento é caro e não é acessível e que só incentiva o

uso de transporte individual.

Saudamos, por isso, esta petição que vai ao encontro da preocupação de minorar as consequências desta

realidade.

O projeto de resolução que o Partido Socialista apresenta tem quatro pontos muito simples, que penso

serem consensuais para os partidos que apresentaram as iniciativas hoje em debate e que, na prática, são

para melhorar o serviço de transportes prestado à população e permitir a acessibilidade dos utentes a uma

unidade essencial como é o hospital Beatriz Ângelo, em Loures.

Não posso deixar de dizer que todas as tomadas de posição que foram apresentadas são unânimes no

disgnóstico e, espero, consensuais na terapia. Delas constam os aspetos críticos sobre os quais é preciso

atuar. Espero que as bancadas do PSD e do CDS reconheçam a validade dos conteúdos e a oportunidade das

questões levantadas pelos cidadãos e pelos projetos de resolução e nos acompanhem em particular no nosso

projeto de resolução n.º 958/XII (3.ª).

Por fim, o PS está disponível para desenvolver todos os esforços necessários no sentido de ultrapassar os

obstáculos que impedem os cidadãos dos quatro concelhos afetados de terem uma verdadeira acessibilidade

nas suas várias dimensões e para ajudar os cidadãos a sentirem-se apoiados quando mais necessitam de

zelar pela sua saúde.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para apresentar o projeto de resolução do PCP, tem a palavra o Sr. Deputado David

Costa.

O Sr. David Costa (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O Grupo Parlamentar do PCP saúda

todos os cidadãos subscritores desta petição e a comissão de utentes que a dinamizou.

Após mais de dois anos sobre a inauguração deste hospital, ficam provadas as justas preocupações das

comissões de utentes e populações que desde logo alertaram para a existência de uma resposta ao nível dos

transportes públicos que assegurasse as necessidades de mobilidade dos utentes.

A resposta que hoje existe para o acesso a esta unidade hospitalar é precária, dispendiosa e tem horários

desajustados às necessidades dos utentes.

Importa ainda referir que não foi previsto o acesso do transporte rodoviário ao interior do hospital, o que

acarreta impactos inaceitáveis nos utentes, sobretudo nos idosos e crianças, que são obrigados a percorrer

cerca de 500 m em relevo acidentado.

A maior procura dos serviços de saúde regista-se durante os dias úteis para as consultas externas. Ora, é

inadmissível que haja apenas uma carreira minibus que assegura o acesso ao interior do hospital, que cobre

parcialmente a área territorial de Loures, mas não assegura alternativa para as populações de Odivelas e de

Mafra.

Para além de todos estes problemas, obrigam os utentes a fazer um percurso com transbordo de carreiras,

com custos acrescidos, porque o passe intermodal L1 não cobre a zona onde está localizado o hospital e o

sistema de bilhetes pré-comprados é claramente desajustado e lesivo para os utentes.

A tarifa de bordo pode atingir, para os Srs. Deputados fazerem uma ideia, os 11 €.

Para a maioria das populações abrangidas são necessários dois ou mais transportes para aceder ao

hospital, porque o recurso ao transporte individual é insuportável face ao alastramento da pobreza que afeta

milhares de portugueses.

O PCP, que defende uma outra política, uma política patriótica e de esquerda, exige, aqui e agora, ao

Governo a criação de uma rede de transporte público, com horários adequados e uma resposta articulada a

todos os utentes do Hospital Beatriz Ângelo; a afetação de mais carreiras minibus de acesso ao interior da

referida unidade hospitalar; uma redefinição da coroa do passe L1, comtemplando o acesso direto ao Hospital

Beatriz Ângelo, sem custos acrescidos; e, por último, implementação de um bilhete único, com um preço

socialmente justo, para as carreiras de acesso ao Hospital Beatriz Ângelo.

Aplausos do PCP.

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