O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 67

40

O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — Como é que é possível haver consenso entre o Partido Socialista, que é

o maior partido da oposição, que votou o tratado orçamental e sabe que para estar no euro é preciso cumprir

as regras, e o Bloco de Esquerda, que acaba de anunciar que a primeira coisa que faria era denunciar,

unilateralmente, em nome de Portugal, um tratado subscrito por 25 Estados-Nação?

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Não ouviu!

O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: — Gostaria ainda de dizer aos Deputados do Bloco de Esquerda duas

coisas relativamente à última intervenção do Sr. Deputado Luís Fazenda.

A ideia de que não há nenhuma diferença entre o dia em que o programa termina e o dia em que a vida do

País sem o programa da troica começa, é uma ideia que não resiste a uma pergunta: os senhores acham que

os irlandeses estão tristes por terem saído do programa? Os senhores conhecem algum irlandês que diga que

quer voltar a viver com o programa da troica mais uns anos?

Então, porque é que vocês desvalorizam a importância para os portugueses e para Portugal de ter feito um

progresso enorme, com sacrifícios que são vividos com muita dignidade mas também com muito bom senso,

para recuperarmos a nossa autonomia e podermos terminar o programa a que nos levou o precipício da dívida

e o precipício do défice?!

Conhecem algum irlandês que esteja infeliz por ter chegado ao fim do programa? Então, deixem os

portugueses chegar ao fim do dia 17 de maio e terminar o programa com a troica!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A outra matéria que eu não deixaria de referir é a ideia de que o Bloco de Esquerda reconhece que é

preciso ter financiamento, mas diz que não aceitava aquele financiamento. Esta pergunta é importante para

saber se havia alguma alternativa, em maio de 2011, quando em caixa só havia centenas de milhões de euros

para providenciar pagamentos de dezenas de milhar de milhões de euros.

Mas, então, se o Bloco de Esquerda diz que era preciso financiamento, reconhece a evidência, mas não

aceitava aquele financiamento, expliquem-nos como é que conseguiriam negociar internacionalmente o

financiamento do País, para poder pagar o que é básico, ou seja, salários e pensões. Se não explicarem isso,

não conseguem ter credibilidade junto de quem vos ouve. É que, se alguma razão levou o anterior Governo a

pedir o apoio dos credores, foi porque reconheceu que não tinha capacidade para pagar o básico dentro de

algumas semanas.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Quero também dirigir-me ao maior partido da oposição para referir apenas alguns pontos de política social,

de forma muito breve, e reafirmar aquilo que é essencial para o futuro.

Na verdade, dizem os Deputados do Partido Socialista que a pobreza nos idosos aumentou. Aumentou

antes de prestações sociais, mas diminuiu depois de prestações sociais. E a diferença, em matéria de

prestações sociais dos idosos mais pobres foi que VV. Ex.as

decidiram congelar as pensões mínimas e nós

decidimos aumentá-las; VV. Ex.as

decidiram congelar as pensões rurais e nós decidimos aumentá-las; VV.

Ex.as

decidiram congelar as pensões sociais e nós decidimos aumentá-las!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Relativamente ao rendimento social de inserção, VV. Ex.as

também ainda não perceberam que a sociedade

portuguesa é muito atenta e exigente nessa e noutras matérias. O Sr. Deputado diz que uma série de pessoas

saíram do RSI, mas esquece-se de dizer que essas pessoas deixaram de ter rendimento mínimo porque, por

acaso, tinham mais de 100 000 euros na conta bancária.

Páginas Relacionadas
Página 0045:
29 DE MARÇO DE 2014 45 A Sr.ª Presidente: — Vamos, então, votar o voto n.º 1
Pág.Página 45