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I SÉRIE — NÚMERO 84

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Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Bruno Dias, agradeço as perguntas que

fez.

Havia uma história, uma rábula, uma brincadeira de determinado comentador desportivo que dizia que,

para determinado clube, teríamos charters de chineses a chegar aqui, todos os meses, para ver jogos de

futebol.

Este Governo chegou ao poder, privatizou a EDP e, agora, o que vemos são charters com milhões do

nosso País a irem exatamente para a China, quem sabe, alguns, até agora nesta viagem presidencial de

Cavaco Silva.

É certo que António Mexia ia lá, é certo que ele tem esse interesse lá, mas não é o único, Sr. Deputado. Há

um outro membro da Administração da EDP, aliás, colocado após a privatização, que até tem uma

proximidade grande com o PSD — aliás, ele próprio diz que foi ele quem negociou o Memorando de

Entendimento do lado do PSD, quem esteve do lado da construção, da negociação do Orçamento do Estado

para 2011. Ora, um homem tão influente como este, tão bem visto no PSD e tão próximo do Governo, só

poderia estar na Administração desta empresa — não há sombra para dúvida!

Neste negócio, em que se salta de um lado para o outro, em que se fazem contratos à medida dos

interesses e em que se percebe que os milhões que se exportam são sempre à custa daqueles que parasitam

na nossa economia, percebemos a escolha deste Governo e o silêncio desta maioria. É que, de facto, há aqui

uma consciência muito pesada nesta maioria que impede, inclusivamente, que tenham tomado a palavra neste

debate.

Compreendemos, compreendemos, é difícil. É que, quando não há argumentação, mais vale estarem

calados.

Agora, respondendo diretamente à sua pergunta, Sr. Deputado, é impossível aceitar como razoável, como

lógico que, no pico da crise no nosso País, a EDP, que tem uma grande parte do seu negócio em Portugal, de

forma regulada, apresente lucros limpos de 1005 milhões de euros. É inaceitável! Isto é um roubo às pessoas,

parasita a nossa economia, isto é que nos retira competitividade e é sobre um bem essencial que é a energia.

Para nós, isto é inaceitável.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado José

de Matos Rosa.

O Sr. José de Matos Rosa (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Quando, há três anos,

Portugal se deparava com a perspetiva de bancarrota, foi necessário que o Governo e a maioria desta

Assembleia tomassem medidas urgentes, inadiáveis e muitas delas impopulares, para salvar o País.

Salvar o País, na verdadeira aceção e intensidade da palavra.

Salvar o Estado-Administração, que se encontrava à beira do colapso.

Salvar o Tesouro, que esgotava a sua capacidade de se financiar nos mercados, com os juros numa

ascensão imparável.

Numa palavra: salvar o Estado, que deixara de ter dinheiro para acorrer a obrigações sociais imediatas e

vitais, como o pagamento de salários e pensões.

Mais ainda: colocava-se também em causa a continuidade de Portugal num projeto político económico

único da nossa história democrática: a integração na União Europeia e na moeda única.

Mas é nos momentos decisivos que os portugueses, os decisores e os líderes se revelam.

Foi com o sacrifício e determinação que os portugueses compreenderam que era preciso cumprirmos o

Programa de Assistência Económica e Financeira. Um Programa muito exigente e rigorosamente avaliado

pelas instituições internacionais que nos auxiliaram nesse momento aflitivo, mas pelo qual tivemos também de

suportar pesados sacrifícios. Um Programa que visava a execução de uma estratégia ampla e com prazos

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