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31 DE MAIO DE 2014

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Mas esta moção pretende também preparar a saída do euro. Repito, preparar a saída de Portugal do euro.

E este ponto em concreto, que, a meu ver, é ridículo, vem escrito, de facto, nesta moção de censura. O euro é

uma peça central da construção europeia e a presença de Portugal no euro é um trabalho de décadas.

Por isso, sejamos claros relativamente a estes três pontos: esta moção de censura é todo um programa

para condenar Portugal ao isolamento no seio da Europa, que, durante mais de 20 anos, ajudámos a construir.

E isso, esta maioria não vai permitir.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Na política, mais do que clarificar caras, como alguns estão a ter de

fazer, é preciso ter a coragem de clarificar políticas.

Por isso, aqueles que votarem a favor desta moção aprovam o caminho programático que esta moção quer

aprovar; aqueles que rejeitarem esta moção, rejeitam com clareza esse programa alternativo.

Mas, Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, uma moção de censura é também apresentada com o

objetivo de derrubar o Governo e, no que diz respeito a este objetivo, já foi dito nesta moção de censura, e eu

repito, que esta moção é claramente inoportuna.

Numa altura em que o desemprego desce há mais de um ano, numa altura em que temos a economia a

crescer, numa altura em que temos o nosso défice a diminuir, numa altura em que a nossa credibilidade

internacional continua a crescer a olhos vistos, esta moção quer deitar tudo isto a perder — todo este esforço,

todo este sacrifício, toda esta recuperação. Mais uma vez, repito: esta maioria não vai deixar que seja tudo

posto em causa.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Termino esta minha curta intervenção adjetivando esta moção de

uma forma que ainda não foi feita, mas que me parece relevante. Esta moção de censura é claramente

legítima, mas é também profundamente injusta. Mas não é injusta para com o Governo, nem tão-pouco é

injusta para com esta maioria parlamentar. Esta moção de censura é injusta para com os portugueses.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Menos de 15 dias depois de termos recuperado a nossa soberania plena,

menos de 15 dias depois de termos saído com sucesso do Programa de Ajustamento, o PCP quer aprovar

uma moção de censura que deite por terra o trabalho feito por todo um País nos últimos três anos.

Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro, sejamos claros: nós não

vamos deixar que tudo isto seja posto em causa. O Governo está coeso, a maioria parlamentar que o suporta

sem reserva está coesa. Estaremos aqui para ser avaliados no fim do nosso mandato soberano, em 2015, e

até lá seremos o referencial de estabilidade, de coerência e de resiliência que os portugueses querem ter e

não querem perder.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — O Sr. Deputado Paulo Sá, do PCP, inscreveu-se para fazer perguntas, embora o Sr.

Deputado Luís Menezes disponha de pouco tempo para responder.

Tem a palavra, Sr. Deputado Paulo Sá.

O Sr. Paulo Sá (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Menezes, por mais voltas que dê — e deu

muitas! —, não consegue esconder que o Governo e a maioria que o suporta estão isolados, política e

socialmente. Ao Governo não lhe resta qualquer legitimidade para continuar a governar. É um Governo

derrotado pela corajosa luta dos portugueses e do povo português, e também nas eleições do passado

domingo.

Vozes do PCP: — Muito bem!

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