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31 DE MAIO DE 2014

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A maioria e o Governo quiseram esconder a realidade por detrás do ruído e da falsificação histórica, como,

de resto, acabámos de ouvir na intervenção do Sr. Vice-Primeiro-Ministro.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. João Oliveira (PCP): — A política que o PCP propõe é a solução para os problemas nacionais.

Desastre é a doutrina do PSD e do CDS e as consequências da sua política;…

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. João Oliveira (PCP): — … desastre económico e social provocou o Governo com a mais profunda

recessão económica e os maiores níveis de desemprego e pobreza desde o 25 de Abril.

Aumento imediato da dívida pública não é o PCP que propõe, é a medalha de lata deste Governo

PSD/CDS, que, em apenas três anos, aumentou a dívida pública em mais de 52 mil milhões de euros.

Aplausos do PCP.

Delapidação das poupanças dos portugueses promoveu o Governo com o aumento de impostos e o saque

de salários e pensões, obrigando os portugueses a recorrer às suas poupanças para sobreviver.

Estatização prejudicial à economia e aos interesses nacionais sustentou o Governo mantendo a

nacionalização dos prejuízos do BPN, obrigando os portugueses a pagar esses prejuízos para depois devolver

o banco a preço de saldo ao capital privado.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Bem lembrado!

O Sr. João Oliveira (PCP): — O Governo, neste debate, não deu resposta a um único problema do País,

mas repetiu o discurso triunfalista de uma recuperação económica desmentida já pelos últimos dados do PIB.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Mas quer sair do euro ou não?!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Falaram de abstenção e quiseram fazer esquecer que houve eleições no dia

25, para minimizar a derrota eleitoral que sofreram; tentaram recuperar a ideia da saída da troica, ocultando

que já comprometeram o País com vigilâncias e fiscalizações externas para os próximos 20 anos; repetiram o

discurso do fim do protetorado, apesar de já terem decretado a continuação da política de extorsão de salários

e pensões e novos aumentos de impostos; incapazes de demonstrarem o apoio popular à sua política, falaram

de banalização de moções de censura.

Depois de terem imposto ao povo e ao País todos os condicionamentos ditados pela União Europeia e pelo

euro, submetendo-se à vontade das potências europeias e destruindo a economia nacional e o País, agora

recusam-se a fazer a discussão sobre os prejuízos que daí resultaram, querendo amarrar o País e o povo, a

ferro e fogo, a um caminho de desastre.

Não há ruído que esconda a realidade, Sr.as

e Srs. Deputados. A política deste Governo não serve os

interesses dos trabalhadores, do povo, nem do País.

Este Governo não pode manter-se em funções porque não corresponde às opções, nem à vontade do

povo, não tem legitimidade para exercer o poder porque não tem apoio social, político ou eleitoral, e tem de

ser censurado.

Depois da confirmação eleitoral de que o povo não quer este Governo nem esta maioria, não se pode

aceitar que o Governo se arraste no poder por mais um ano e alguns meses, arrastando consigo o País e o

nosso futuro coletivo.

Manter em funções este Governo é sujeitar os trabalhadores e o povo a novos ataques aos seus direitos e

condições de vida, num ambiente de medo permanente à espera da notícia do próximo corte no salário, na

pensão, no subsídio de desemprego ou do próximo aumento de impostos. É assistir à venda do País, à

entrega das suas riquezas, recursos e potencialidades, à peça ou por grosso, em pacotes de vistos dourados

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