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12 DE JUNHO DE 2014

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A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr. Deputado, vai mesmo ter de concluir. Já não dispõe de tempo —

aliás, houve uma grande tolerância da Mesa quando fez a declaração política.

O Sr. Mendes Bota (PSD): — Sr.ª Presidente, muito obrigada pela sua tolerância. Fica também à evidência

a intolerância dos partidos, que não querem sentar-se para discutir o futuro e encontrar consensos para o

futuro de Portugal.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. José Magalhães (PS): — Essa do Bandarra foi profunda!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — E os senhores estão ao nível do Zandinga!

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado António

Braga.

O Sr. António Braga (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O Sr. Deputado Mendes Bota trouxe

duas grandes revelações a este Plenário, a primeira é que, afinal, o Bandarra acerta nas previsões e a

segunda é que ao desafio que o PS lhe lançou sobre as declarações da Sr.ª Deputada Teresa Leal Coelho

ficou calado.

Aplausos do PS.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Não é irrelevante ter ficado em silêncio sobre as declarações da

Sr.ª Deputada Teresa Leal Coelho. Não é irrelevante porque a maioria, composta pelo PSD e pelo CDS, não

pode ficar indiferente ao maior ataque dirigido à isenção, à honorabilidade, dos juízes do Tribunal

Constitucional por um membro do Parlamento, por um Deputado da maioria, aliás, com responsabilidades

dirigentes no PSD.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Na sua mensagem do 10 de Junho, o Presidente da República

voltou a apelar a um diálogo entre os partidos que permita um entendimento de médio prazo sobre a

sustentabilidade da dívida pública e sobre as reformas para estimular a competitividade.

Da parte do Partido Socialista, a nossa mensagem é clara: estivemos e estamos sempre disponíveis para o

diálogo e demonstrámo-lo variadíssimas vezes ao longo dos últimos quase três anos que já leva esta

Legislatura. Porém, há condições fundamentais para que o diálogo faça sentido e tenha sucesso. O diálogo

em democracia exige respeito institucional, transparência e boa-fé, qualidades que têm estado

sistematicamente ausentes da governação nos últimos três anos, como, aliás, tem ficado amplamente patente

nos últimos dias, no seguimento do último chumbo do Tribunal Constitucional.

O conjunto de ataques e ameaças, totalmente inaceitáveis num Estado de direito democrático, ao estatuto,

às capacidades profissionais ou às orientações, vide ideológicas, dos juízes do Tribunal Constitucional

configura uma falta de respeito institucional e a instauração de um ambiente de guerrilha sem precedentes na

história da nossa democracia.

Aplausos do PS.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Para o diálogo é também necessária transparência e boa-fé

negocial. O Partido Socialista tem chamado a atenção, há várias semanas, para uma «agenda escondida» do

Governo na sua relação com a troica e exigiu a divulgação da carta de intenções para o FMI, a tal carta que o

Partido Socialista disse existir e que o Governo afinal, na semana passada, através da Sr.ª Ministra de Estado

e das Finanças, admitiu até já ter sido escrita e enviada.

Srs. Deputados, esta é, aliás, a mesma Ministra que, ontem, Sr. Deputado Mendes Bota, ouvimos afirmar,

imagine-se, que o Estado português pode estar em condições de prescindir da última tranche do Programa de

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realmente contará deste incidente. No primeiro Orçamento do Estado, quando o Governo, ao arrepio
Pág.Página 45