O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

12 DE JUNHO DE 2014

33

pensamento do Partido Socialista, muito mais virado para teses defendidas até há bem pouco tempo pelo

Bloco de Esquerda e pelo PCP.

Portanto, Sr. Deputado, quando se fala na necessidade de diálogo, de transparência e de clarificação,

gostava de saber se podemos contar com um Partido Socialista comprometido com a União Europeia, com a

moeda única, com as instituições europeias, com os tratados que Portugal assina e que o Partido Socialista

ratificou ou se, pelos vistos, cederam ao PCP não só na votação da moção de censura apresentada contra VV.

Ex.as

também, mas, igualmente, em matéria de que aqui falam, que é renegociar a dívida pública com os

credores oficiais.

Feito este pedido de clarificação, queria dizer-lhe também o seguinte: para haver diálogo é preciso também

que haja vontade e confesso que da parte do Partido Socialista e do Deputado António Braga não percebi

grande vontade quando a um pedido estruturante, essencial, do Chefe de Estado, Sr. Presidente da

República, o Partido Socialista diz que até gostava de dialogar e que quer compromisso, mas que por causa

de uma carta… Por causa de uma carta, Sr. Deputado, uma carta técnica?!

Protestos do PS.

Os senhores ainda não perceberam que é pelo facto de estarem entretidos nestes detalhes, não olhando o

essencial, que vos aconteceu o que aconteceu?!

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Termino, Sr.ª Presidente, agradecendo a sua tolerância.

Srs. Deputados, com carta ou sem carta — e terão a carta quando ela existir e chegar às entidades

internacionais —, está ou não o Partido Socialista, em nome do interesse nacional, disponível para o diálogo,

disponível para o consenso? Nós estamos, clara e transparentemente, de boa-fé. O CDS está. A maioria,

estou certo, está. Estará o Partido Socialista?

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado António Braga.

O Sr. António Braga (PS): — Sr.ª Presidente, começo por agradecer as questões que os Sr. Deputado

Hugo Soares e Nuno Magalhães colocaram.

Começaria por responder ao Sr. Deputado Hugo Lopes Soares, a quem quero recordar, sem pôr muita

ênfase, aliás, todos percebemos isso, que o Partido Socialista, quando da apresentação de uma proposta para

aquela ideia que, aliás, aqui discutimos — não há uma reforma do Estado, há reformas dos sistemas públicos

—, o que aqui dissemos foi o seguinte: «Há um calendário que queremos propor, há uma agenda que

gostaríamos de ver adotada e há uma metodologia.»

Protestos do Deputado do PSD Hugo Lopes Soares.

Esse calendário e essa metodologia é a de que todos os temas deviam ser discutidos no Parlamento — o

Parlamento é a sede da democracia — com todos os grupos parlamentares. Não era fazer um negócio político

entre maioria e o Partido Socialista. Não! O que dissemos é que há uma discussão a fazer na sede da

Assembleia da República com todos os grupos parlamentares que entendam apresentar propostas e fizemos

uma proposta de metodologia, com um calendário.

E, sabe, Sr. Deputado, a maioria recusou-se nesta proposta que apresentámos e defendemos…

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Não é verdade!

Resultados do mesmo Diário
Página 0008:
, o Governo rouba nos salários, rouba nas reformas, ataca a contração coletiva, ataca os serviços
Pág.Página 8
Página 0016:
do Orçamento do Estado para 2014 está a tornar-se insuportável. Refiro alguns exemplos
Pág.Página 16
Página 0019:
em encetar uma verdadeira reforma estrutural de um Estado que cresceu desmesuradamente, acumulando
Pág.Página 19
Página 0029:
de médio prazo sobre a sustentabilidade da dívida pública e sobre as reformas para estimular
Pág.Página 29
Página 0031:
do debate sobre a criação da comissão eventual para a reforma do Estado,… Vozes do PSD
Pág.Página 31
Página 0045:
realmente contará deste incidente. No primeiro Orçamento do Estado, quando o Governo, ao arrepio
Pág.Página 45